segunda-feira, 20 de abril de 2015

Medicação vencida é descoberta em Caririaçu enterrada em valas

Parte do material foi recolhido para perícia na Polícia Federal.

Uma simples escavação nas proximidades do lixão de Caririaçu, nesse sábado (18), feita por uma máquina retro escavadeira, a serviço da prefeitura, acabou descobrindo cerca de uma tonelada de remédio enterrado. A Polícia Federal (PF) foi chamada ao local e já abriu inquérito para investigar o caso. Parte do material foi recolhida para perícia.

A área onde foi encontrado o medicamento pertence à prefeitura e, segundo informações do prefeito João Marcos, a máquina retirava material de piçarra usado nos reparos de vias da zona rural e da cidade. Em primeira análise, a medicação estava vencida e pode ter sido adquirida com recursos do Governo Federal.

Agentes da PF e da Vigilância Sanitária de Caririaçu, não souberam precisar a origem do remédio. O prefeito João Marcos foi um dos primeiros a chagar no local e se disse triste em ver tanto remédio, necessário à população mais carente, sendo descartado sem ser usado. Ele pediu a ajuda dos órgãos competentes para descobrir os responsáveis pelo descarte.

Durante entrevista, ainda no local, o prefeito João Marcos chegou a sugerir que o medicamento pertenceria à gestão passada do município. “Na minha gestão, quando recebemos um lote próximo de vencer, fazemos parcerias com outros municípios, fazendo trocas para que a população não seja prejudicada”, disse João Marcos.

Segundo o coordenador da Vigilância Sanitária do Município, Ailton Cruz, foi lavrado um auto de infração e registrado Boletim de Ocorrência (B.O). Segundo o coordenador, a investigação vai se basear nos números dos lotes e nos prazos de validade. A numeração vai tornar possível rastrear a medicação. Alguns exemplares dos medicamentos estavam com a data de validade retroativa ao ano de 2010.

A medicação, enterrada em valas, estava a cerca de 60 metros da rodovia Padre Cícero que liga Caririaçu a Juazeiro do Norte. Se descobertos, os responsáveis podem responder por improbidade administrativa e por crime ambiental, já que, o descarte indevido do material causa poluição ambiental.

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