Calamidade! Essa é a definição para situação em que se encontram os profissionais que atuam como técnicos e auxiliares de enfermagem de Juazeiro do Norte, em especial no Hospital Infantil Maria Amélia Bezerra de Menezes.
São denúncias de atrasos no recebimento do adicional noturno, que não é pago desde janeiro de 2013; redução de folgas; sobrecarga de trabalho e, ainda, no caso do Maria Amélia, Assédio Moral. O atraso no pagamento do adicional noturno atinge todos os hospitais da rede municipal.
Além disso, os profissionais reclamam que em 2013, ainda não tiveram reajuste salarial. A situação abrange tanto contratados, quanto concursados, e estaria motivando alguns profissionais, principalmente enfermeiros (as), a pedirem demissão.
Sobre a situação de atraso do adicional noturno, a direção do Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun), disse que está recebendo as cópias dos contracheques para fazer a denúncia junto à justiça. Segundo a presidenta do Sindicato, Mazé dos Santos, é preciso que os profissionais procurem o sindicato com urgência para que tenham garantido os direitos, negados pela administração Raimundo Macedo.
Ainda, sobre a situação de atraso do adicional, a secretária interina da Saúde, Roberta Sampaio, disse que tomou conhecimento de algumas situações que mereciam uma atenção maior, dentre elas o atraso no adicional noturno. Além do adicional a secretária destacou ainda que alguns profissionais estavam sem receber horas extras desde o início do ano.
Para a resolução do problema a secretária ressaltou que, de posse das informações, procurou o prefeito. Segundo Roberta, o prefeito desconhecia o caso; mas, de imediato, autorizou o pagamento dos atrasados. "O caso já foi enviado ao setor de pessoal e tudo deve ser colocado em dia ainda na folha do mês de maio", disse Roberta, ressaltando que no caso de ficar sem receber, o profissional deve procurar o departamento de pessoal da Secretaria.
Denúncia de assédio moral
Com a mudança da emergência pediátrica do Hospital São Lucas para o Hospital Infantil Maria Amélia, ocasionou inúmeros transtornos aos profissionais. A mudança aumentou a demanda, mas não proporcionou o aumento do quadro funcional, o que, tem sobrecarregado a equipe do Maria Amélia. Existe a denúncia de que muitos profissionais estão ficando doentes devido às cobranças excessivas.
Uma das técnicas do Maria Amélia, que prefere manter sua identidade preservada, por medo perseguição, disse que não aguenta mais e chega a sair dos plantões chorando devido o assedio moral e a sobrecarga. Aos que procuram a coordenação de enfermagem para reclamar sobre a situação, é respondido que: "quem não aguentar peça para sair". A coordenadora alega não poder fazer nada. Ainda, segundo a denunciante, não existe diálogo entre coordenação e corpo funcional.
Sobre a denúncia de Assédio Moral, a secretária disse que vai apurar o caso. "Vou chamar o diretor do hospital, já que acontece dentro da unidade, para que ele apure o caso e depois daremos as devidas explicações à imprensa e a sociedade," disse.
Segundo a denunciante, já foi pedido uma reunião com a coordenação para resolver a situação sem a necessidade de levar o caso à secretaria, mas a coordenadora se recusou, com o argumento de que nenhum daqueles, que estão ali, são seus funcionários.
Outra denúncia é de depreciação do patrimônio público por falta de manutenção. Segundo os profissionais, além da má conservação do prédio, são encontrados, constantemente, baratas e escorpiões nas dependências do hospital.
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