quinta-feira, 30 de março de 2017


Matemática política. Lula x Moro = Huck

O Brasil está passando por uma crise ética e moral sem precedentes, onde a corrupção é escancarada ao ponto de escandalizar até os mais céticos da política. E essa situação caótica tem atingido em cheio a economia e produzido verdadeiras barbaridades, em nome de uma crise fajuta, contra a classe trabalhadora.

Mas, o pior ainda está por vir. Toda essa devassa na política brasileira, provocada pela infindável operação Lava Jato, acaba abrindo precedentes para o avanço de teorias sem base que fortalecem pessoas sem expressão de liderança e sem vivencia na política. A política não é território para amadores.

A disputa de poder entre o juiz federal Sérgio Moro e o ex-presidente Lula, está produzindo aberrações que podem nos custar muito carro mais tarde. Esta semana o apresentador Luciano Huck falou em se candidatar a presidente da República. Isso é democrático, mas não é inteligente.

Temos um território livre para essas aventuras e se chama Câmara dos Deputados. Tirica que o diga. O Palácio do Planalto não é lugar de brincadeiras. O que está em jogo é uma disputa ideológica que, dependendo do resultado, pode nos levar a uma ruptura total de classes e uma convulsão social sem fim.

Não podemos aceitar e absorver um discurso vazio que tem como principal argumento algo do tipo: “bicho, vamos usar nosso poder para o bem”. Para o bem de quem? Esse é o debate! Não podemos arriscar entregar o poder a uma pessoa que não tenha a dimensão desta disputa e o que está em jogo.

Não podemos nos dá ao luxo de eleger uma pessoa despreparada, apenas pelo desejo de mudar; de exercer o direito ao voto sob o vulto da revolta. Iguais ao Luciano Huck, existem outros à espreita, tentando se colocar na brecha desse caos. É melhor abrir bem os olhos.

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