terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Tarso Magno faz defesa baseada em perseguição política


O vereador Tarso Magno (PR), apresentou na última sexta-feira, defesa, solicitada pelo Ministério Público ao juízo da 28° zona eleitoral de Juazeiro do Norte, no processo que pede a cassação de mandato por infidelidade partidária. A defesa, apresentada em testemunho, baseou-se em suposta perseguição política. O processo tem como representante Pedro Carlos Morais Borges (Pedro Borges), suplente do PSDB e o juiz Raimundo Nonato Silva Santos é o relator.

DUAS QUESTÕES nos chamam atenção nesse caso. Primeiro é a base da defesa: “perseguição política”. Bem, esse é o principal motivo em que a justiça se baseia para permitir a troca de partido, então seria de admirar se fosse diferente. Deu a lógica. O problema é que a alegativa não foi feita no ato da desfiliação, o que nos leva a crer que, na verdade, não houve tal perseguição.

Comenta-se que, na época, teria havido apenas um acordo entre as partes para que o PSL, ex-partido de Tarso, não entrasse com representação contra o mandato do vereador. E, na verdade, o que sempre existiu foi uma discordância sobre o apoio, ou não, a administração municipal por parte do partido. Outro motivo seria a previsão de um embate muito duro durante a eleição deste ano já que o PSL teria dois puxadores de voto (Tarso e Zé de Amélia) e o confronto poderia deixar um dos dois fora da próxima câmara pelo cociente eleitoral. Ou seja, o PSL teria muito cacique para pouco índio.

Outra coisa que nos chama atenção é a dúvida de como se persegue, internamente, um presidente. Vejamos bem, a presidência é o cargo supremo na escala de poder de um partido. Então como poderia ser perseguido por seus comandados? Das duas uma, ou foi eleito por conveniência política sem qualquer liderança interna, ou não teve habilidade política para manter sua base e conduzir o partido segundo seus ideais.

O detalhe é que esse não é o primeiro caso da mesma natureza envolvendo o vereador Tarso Magno. No PHS, onde foi um dos fundadores em Juazeiro, Tarso também perdeu o controle do partido e teve que apressar sua saída motivada por embates internos. Ou seja, o vereador Tarso Magno é muito bom de provocar uma briga, agora a habilidade para vencê-la não parece o seu forte.

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