segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Arnon Bezerra ameaça deixar liderança da bancada


A ameaça veio após uma longa espera na ante-sala da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT). Em busca de liberação de emendas parlamentares, Arnon e outros parlamentares, fizeram uma verdadeira romaria para falar com a ministra que estava de férias. Depois de uma longa espera, quem deu as explicações foi o secretário-executivo do ministério, Claudinei do Nascimento.

Os coordenadores das bancadas estavam atrás de explicações sobre os cortes nas verbas destinadas aos estados. Passaram um dia de espera e ainda saíram frustrados sem perspectiva de resolução para o problema. A revolta foi geral, inclusive, entre os petistas.

SOBRE o episódio cabe duas analises: uma política e outra econômica. Na política é importante deixar claro que foi um desgaste desnecessário. A ministra deveria ter reunido todos os lideres e explicado os motivos dos cortes.

Mas, é importante, também, dizer que os parlamentares têm parte dessa culpa. O orçamento geral da união só é votado no apagar das luzes do fim de ano, graças ao temor de uma debandada geral dos parlamentares de Brasília. Ou seja, o orçamento é a mais importante das votações e se ela for votada mais cedo, nossos deputados tiram férias antecipadas.

Já sobre a perspectiva econômica, fica uma grande preocupação. Quando o governo centraliza recursos em seu caixa é porque teme uma recessão futura. Estamos avançados em vários setores, mas a infraestrutura é um setor de demanda reprimida e que precisa ser resolvido com certa urgência. E nesse caso a centralização acaba por emperrar o setor, já que, sempre esbarramos na burocracia. Veja-se o exemplo do PAC.

No mais, fico triste quando vejo um parlamentar tão importante para o desenvolvimento do Estado, como é o líder da bancada, fazendo beicinho ao dizer que vai abandonar sua responsabilidade, por que não foi atendido na hora que desejava. Agora vocês imaginem se os cidadãos que, muitas vezes, passam dias de espera para falar com esses mesmo deputados, resolvessem não votar mais. Nós não teríamos mais eleição por falta quórum. Ah, deputado Arnon Bezerra, vamos deixar de brincadeira, a coisa é séria!

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