O vereador Tarso Magno (PR), incentivado pelos colegas, também vereadores, Roberto Sampaio, professor Antônio e Gledson Bezerra, endossou o incentivo e disse estar disposto a disputar a prefeitura de Juazeiro do Norte nas eleições desde ano. A discussão aconteceu ontem, durante a primeira sessão da Câmara Municipal no ano.
PARECE que o retorno, após quase dois meses de recesso, motivou alguns parlamentares a pensarem bem alto. O problema é que eles parecem estar enxergando um quadro invisível a maioria. Para início de conversa, o vereador Tarso deve estar bem preocupado com futuro do seu mandato, o que eu continuo afirmando, se perdê-lo será um grande prejuízo para Juazeiro.
Mas, se o destaque da sessão foi o lançamento da sua pré-candidatura, então vamos a análise da viabilidade dela. Tarso quer ser candidato por um partido, o PR, que já tem pré-candidato, o ex-deputado estadual Vasques Landim. E, diga-se de passagem, mesmo com o apoio do PSDB estadual e do presidente da sigla, Roberto Pessoa, Vasques ainda tem dificuldades de emplacar internamente seu nome, que esbarra no grupo da deputada Gorete Pereira que não abre mão de negociar o apoio a outro candidato mais forte. É o chamado pragmatismo eleitoral.
Quanto ao apoio do PSB, partido de Roberto Sampaio, um dos incentivadores, também tem o vice-prefeito, Roberto Celestino, como pré-candidato e, vale salientar, tem o controle do partido e a confiança do governador. Já Gledson Bezerra dificilmente irá contrariar a posição do deputado federal Arnon Bezerra que, também, ainda é pré-candidato e conversa com Raimundão. Quanto ao professor Antônio (PCdoB), se fosse para se aventurar, tenho certeza que brigaria pela indicação do seu nome.
Enquanto isso, o próprio Tarso Magno disse estar conversando com outros partidos, entre eles o PSD de Manoel Salviano que, também, ainda é pré-candidato. Na verdade, só faltou esse grupo envolver, nessa articulação, os nomes do prefeito Manoel Santana e do cantor Alcymar Monteiro. E aí, num verdadeiro céu de brigadeiro, partir para uma chapa única na eleição de Juazeiro. Seria trágico, se não fosse cômico. Isso mesmo, seria trágico porque com candidatura única a democracia perde seu sentido, mas ainda bem que é cômico.
Agora o que fica de verdade nesse episódio do lançamento é a vontade e a solidariedade dos amigos em desviarem o foco da cassação do vereador Tarso Magno por infidelidade partidária. Pedido feito, inclusive pelo suplente Pedro Borges do PSDB, partido que provavelmente apoiará o pré-candidato Vasques Landim do mesmo PR de Tarso.
Ou seja, alguns vereadores de Juazeiro voltaram do recesso inspirados pelo carnaval em ritimo de samba; mas o samba do crioulo doido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário