O blog do jornalista Roberto Moreira saiu do ar, nessa segunda-feira (22), após divulgar uma
agressão verbal do secretário de Saúde do Estado, Ciro Gomes, contra o
candidato petista ao governo do Estado, Camilo Santana.
Momentos depois da divulgação, o
jornalista, retirou a informação do ar e se retratou ao divulgar nota, onde a
direção campanha de Camilo e a assessoria de Ciro Gomes desmentiram o
incidente. Mesmo com a retratação, o jornalista foi tirado do ar.
O que nos diz esse fato
Quanto mais vejo
atitudes de calar um jornalista, mais me convenço que estamos longe da
democracia ideal. A liberdade à informação é uma conquista do jornalismo e um
direito do cidadão. Tolher esses preceitos é voltar a um passado negro da
política brasileira, a ditadura militar. Isso me faz lembrar o AI5.
Mas, a quem interessa
calar a imprensa? Nós, jornalistas, somos constantemente desrespeitados,
ameaçados e achincalhados. Nos acusam de ser subversivos, vendidos,
despreparados... Às vezes, até, acabamos mortos. E é exatamente aos
responsáveis por tudo isso, que interessa nosso silêncio. Calar um jornalista,
aquele por vocação, é a mais vil das atitudes. E o pior exemplo que uma nação
pode passar ao mundo.
Mais um jornalista está
fora do ar! O que faremos quanto a isso? Continuaremos derrubando ditaduras,
denunciando corruptos e cassando presidentes e outros políticos que não
respeitam, sequer, o voto do povo e o juramento que fazem.
Todo jornalista tem o
dever de informar e de formar. E jamais conseguiremos isso se não retratarmos o
fato no seu interior; se não tivermos a clareza para desvendar as atitudes dos
políticos “fora das câmeras”. Formar opinião vai além do simples ato de escrever;
passa por explanar sobre todos os lados e ângulos para deixar que o leitor,
ouvinte ou telespectador, tire suas próprias conclusões.
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