Apesar de requerimento do vereador Darlan Lôbo (PMDB), subscrito por
14 dos 21 parlamentares, agendando a eleição da nova mesa diretora da Câmara de
Juazeiro do Norte para o dia 18 de novembro próximo, a realização da eleição,
ainda, continua sendo uma incógnita.
O requerimento, deliberado e aprovado em plenário, acabou sendo
atropelado por um edital da atual mesa diretora, convocando a eleição para o
dia 18 de dezembro deste ano; ou seja, um mês depois. Mesmo após intenso
debate, os vereadores deixaram a sessão da Câmara dessa terça-feira (11), sem saber
a data exata para realização da eleição da mesa diretora do biênio 2015-2016.
Vários vereadores protestaram contra a atitude, considerada pelos
autores do requerimento, como autoritária e antidemocrática. Tarso Magno (PR) e
Gledson Bezerra (PTB) pediram cópias da ata e áudio da sessão para ingressarem
com ação no Judiciário pedindo a anulação do edital e ratificando o pleito dos
vereadores. Para Tarso Magno o edital não tem validade e, segundo Gledson, a
ação soa como autoritarismo e, nesse caso, a Câmara não aceitará.
O vereador Darlan Lôbo, observou que o requerimento foi aprovado e a
atitude da presidência tira o poder democrático do plenário. Segundo Darlan a
atitude de adiar a eleição é para ganhar tempo e captar os votos necessários
para se reeleger. “Nós queremos evitar uma eleição viciada, inclusive, com
sequestro de vereadores e muito mais,” disse Darlan.
O presidente da Câmara, vereador Capitão Vieira Neto (PTN), disse
que essa é uma prerrogativa do cargo e não abrirá mão. Sobre as colocações de
Darlan, o presidente Capitão Vieira disse que o vereador não tem moral para
fazer o comentário, já que, feriu o Regimento Interno por diversas vezes. Darlan
disse apenas que a roda gira e, agora, o Capitão Vieira faz o que sempre
criticou.
Em ambos as propostas á exigido o registro de chapa completa com
antecedência de sete dias. As duas propostas prevêem, ainda, o horário da
eleição para as 15 horas.
Repercute matéria do Fantástico
Os vereadores Normando Sóracles (PSL) e Cláudio Luz (PT) subiram a
tribuna da Câmara para repercutir a matéria do Fantástico do último domingo. A
reportagem colocou o Juazeiro do Norte na rota da corrupção.
Para Normando a pergunta feita na matéria “Cadê o dinheiro que
estava aqui?” poderia mudar para: “Cadê o vereador que você votou nele?”.
Segundo Normando, a mesma denúncia foi feita na Câmara e nada foi feito. “Não
conseguimos, sequer, o número mínimo de assinaturas para protocolar a CPI das
obras inacabadas,” disse Normando.
Na mesma linha, o vereador Cláudio Luz, falou da CPI dos
ar-condicionados que a Câmara arquivou. “As denúncias do Fantástico são
baseadas na investigação da CPI dos ar-condicionados, mas, quando teve a chance
a Câmara não fez nada,” disse Cláudio, ressaltando que mesmo sem o apoio da
Casa enviou a investigação ao Ministério Público, Procap e a Polícia Federal.
Na sua fala, Cláudio Luz desafiou o Ministério Público Federal (MPF)
a dar uma resposta a sociedade sobre as denúncias feitas. O vereador falou,
ainda, da situação das creches inacabadas, onde a prefeitura já descumpriu por
duas vezes um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com MPF e, simplesmente,
não aconteceu nada.
Crise dos R$ 50 milhões
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