O juiz
da Comarca de Nova Olinda, Herick Funk Bezerra Tavares, afastou na manhã desta
quinta-feira (12), o prefeito do município Ronaldo Sampaio. O juiz acatou
pedido do Ministério Público Estadual (MPCE), por ato de improbidade
administrativa. Na decisão o juiz Herick Funk determinou o afastamento do
gestor por 180 dias.
Além
do prefeito, são réus na Ação Civil Pública o secretário de Saúde, Pedro Neto
de Souza, o chefe de Gabinete, José Alyson dos Santos, e a namorada do gestor,
a psicóloga Viviane Chaves dos Santos. Os secretários municipais citados na
ação, também, são afastados da função pública pelos mesmos 180 dias.
O
promotor Davi Ferreira, autor da ação, pediu e foi concedida pelo juiz, a perda
dos bens dos acusados no valor de R$ 32.919,00. A ação propõe, ainda, multa
civil de R$ 65.838,00 e condenação por danos morais coletivo em favor dos
munícipes de Nova Olinda, em valor a ser arbitrado pelo juiz. Ao todo, os
envolvidos tiveram os bens bloqueados no valor de R$ 98.757,00. Sobre a decisão
cabe recurso.
O advogado
do prefeito, Ione Pereira, disse que vai recorrer da decisão, interpondo
recursos ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Se mantida a condenação, os
envolvidos, além do ressarcimento aos cofres públicos, perderão os direitos
políticos por um prazo de 5 a 8 anos.
A
decisão antecipa o afastamento do prefeito pela Câmara Municipal, que deve
apreciar requerimento com o pedido, ainda, nesta quinta-feira, em sessão a ser
realizada a partir das 19 horas. Antes deve acontecer uma sessão extraordinária,
por determinação judicial, a partir das 13h30mim para dar posse ao
vice-prefeito Elizio Manoel Galdino, conhecido como Cabeludo.
A
acusação
O
prefeito Ronaldo Sampaio é acusado de contratar ilegalmente pessoas de seu
interesse, sem que prestem o devido serviço a Prefeitura. Entre as pessoas
citadas como ocupante de cargos está à namorada do prefeito, Viviane Chaves. A
namorada reside em Codó, no Maranhão, e foi contratada e teria recebido, como
psicóloga de Nova Olinda, sem jamais ter exercido a função.
A
denúncia foi feita pela servidora Wyldiane Sampaio, que formalizou a Câmara e
ao Ministério Público do Estado. Na época, a defesa do prefeito disse que o
gestor empregou por
pouco tempo alguém com quem mantinha relação de natureza amorosa, mas que, as
questões levantadas já teriam sido respondidas em tempo hábil e os atos
anulados.
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