O ex-arcebispo
da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, quer voltar a comandar os católicos da capital
cearense, na arquidiocese de Fortaleza. A declaração foi dada em entrevista ao
jornal Folha de S. Paulo. O religioso pediu renúncia do cargo na Paraíba após acusação
de envolvimento em uma sequência de escândalos de pedofilia.
O
Vaticano aceitou a renúncia de dom Aldo, mas ainda não se manifestou sobre o
novo destino do arcebispo afastado. Segundo declarações de dom Aldo, estaria pensando
em voltar a Fortaleza para colocar a cabeça em ordem. “Ser arcebispo emérito
não é demérito para ninguém. Quero continuar trabalhando", declarou
Pagotto.
Pagotto
chegou na capital cearense em 1985, onde exerceu a função de vigário da
Paróquia de São Benedito e vigário episcopal da Região Metropolitana de
Fortaleza. Foi bispo de Sobral entre 1998 e 2004, antes se transferir para a
Paraíba.
A denúncia
Segundo
a imprensa italiana, dom Aldo, de 66 anos, é suspeito de abrigar em sua diocese
padres e seminaristas acusados de abusar sexualmente de menores. Todos os padres
foram expulsos de outras dioceses. O próprio Pagotto manteria uma relação com
um rapaz de 18 anos.
No Ceará,
dom Aldo Pagotto foi acusado pelo Ministério Público do Estado (MPCE), em 2002,
de induzir adolescentes a mudarem depoimentos à Justiça, no caso do frei Luis
Sebastião Thomaz, apontado como suposto autor de abuso sexual contra 21 meninas
de Santana do Acaraú.
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