A instalação de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o prefeito de Assaré, Samuel Freire,
gerou revolta entre a população local. Proposta pela Câmara Municipal, a CPI
pretende investigar possíveis irregularidades na contratação de servidores,
através da empresa FL Serviços e Locação. A contratação teria demandado a
criação de crédito suplementar, sem prévia a autorização da Câmara.
Revoltadas, centenas de pessoas
invadiram o prédio do Poder Legislativo, chamando os vereadores de corruptos e
qualificando a instalação da CPI de golpe. Durante a sessão foram arremessados
notas impressas, simulando cédulas de dinheiro. Para os manifestantes, o
dinheiro jogado simboliza a corrupção do Poder. Para conter os ânimos, a polícia
foi chamada e o reforço policial veio dos municípios de Tarrafas, Antonina do
Norte e Campos Sales.
Para o ex-prefeito de Assaré, Antônio
Benjamim de Oliveira, aliado de Samuel Freire, a instalação desta CPI tem
motivação política. Segundo ele, a Câmara tenta encontrar uma forma de afastar
o atual prefeito, já que, a oposição tem maioria contra à gestão municipal.
Oliveira se diz tranqüilo porque, mesmo com maioria, a oposição não tem votos
necessários para afastar o prefeito Samuel.
A Câmara está em período de recesso e
a sessão foi realizada extraordinariamente. O vereador Raimundo Moacir Mota
Junior, autor do pedido para instalação da CPI, disse que o fator predominante
para a formação da Comissão é a falta de informação do Poder Executivo ao Poder
Legislativo.
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