Caixa 2. Delator diz ter entregue dinheiro sujo a campanha de Aécio Neves

Apesar da aparente proteção por parte da operação “Lava Jato”, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) parece longe de se livrar do crivo popular que o condena a mentor de corrupção. Aécio sofreu mais um duro golpe rumo a sua decadência política nessa quinta-feira (02) ao ser acusado de receber dinheiro de caixa 2 vindos da Odebrecht.

A informação é do ex-executivo da empresa, Benedicto Barbosa Júnior, em depoimento ao corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Herman Benjamin, na ação por abuso de poder econômico e político contra a chapa Dilma Rousseff-Michel nas eleições de 2014.

Segundo Barbosa Júnior a empreiteira doou 9 milhões de reais em caixa dois a campanhas políticas do PSDB, incluindo a de Aécio Neves à presidência em 2014. A campanha de Aécio teria recebido cerca de R$ 3 milhões, repassados ao marqueteiro Paulo Vasconcelos, que coordenou a publicidade na campanha de Aécio ao Planalto.

A informação foi divulgada pelo Jornal Folha de S. Paulo e, segundo a reportagem, Barbosa afirmou que R$ 6 milhões de reais foram divididos entre as campanhas de Pimenta da Veiga (PSDB), ao governo de Minas Gerais, de Antonio Anastasia (PSDB), ao Senado, e de Dimas Fabiano Toledo Júnior (PP) à deputado federal.

Apesar das revelações não terem relação com a investigação contra a chapa Dilma-Temer, o ministro do TSE ponderou, que as afirmações do ex-executivo têm “relevância histórica”.