quarta-feira, 17 de maio de 2017


Opinião. Bondade de Temer trará prejuízo de R$ 23 bilhões

O presidente Michel Temer anunciou o alivio da dívida de grandes corporações, inadimplentes com o fisco. O Programa de Regularização Tributária (PRT), conhecido como novo Refis, reduz em até 90% multas e juros, de grandes devedores. Os 10% poderão ser pagos em até 180 meses. O Refis vai provocar uma perda de arrecadação de R$ 23 bilhões ao país.

A verdade é que no jogo do “vale tudo”, Michel Temer perdeu o controle que nunca teve. Ele foi enquadrado por sua própria base que aproveita o momento de turbulência para beneficiar grandes corporações em detrimento dos benefícios aos mais fracos; aqueles que passam fome.

No Congresso, durante a articulação desses pacotes de bondades é normal a prática de chantagem e ameaças. Nesse jogo, barganha é besteira, quando, quem está na cadeira de presidente tem apenas 4% de aprovação e está pressionado pelo eminente risco de sair do poder como maior fiasco da história.

Penalizar o mais fraco em benefício do grande pode levar a sétima economia do mundo a cometer um verdadeiro genocídio com o seu povo. Não estamos falando de simples prejuízo financeiro, estamos tratando de falta de políticas públicas, penalizadas pela falta dos recursos de sobram nos cofres dos grandes frutos da corrupção.

Imposto é para ser pago. Mas, no Brasil, é comum a classe empresarial esperar pelos famosos refis para burlar essa obrigação. O certo é penalizar o devedor, incluindo seu nome na dívida ativa com cobrança judicial e bloqueio de bens.

Abrir mão de R$ 23 bilhões, atrelado a um discurso de recessão e da implementação de um grande pacote de maldades com reformas como a da Previdência e Trabalhista é assumir sua verdadeira prioridade; a da elite que ainda nos impõe uma república de bananas.

Fazer Refis para quem pode pagar é oficializar a corrupção endêmica que atrasa o Brasil.

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