sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Câmara de Juazeiro polemiza mais uma vez
Depois do trancamento da pauta e a obstrução da última seção, a câmara municipal voltou a discutir doações de terrenos com o envolvimento da Uniconj e SR empreendimentos.
Só para fechar o comentário de ontem sobre a cassação de Tarso Magno, realmente não vai dar em nada. Isso tomando como base a afirmação de José Amélia Júnior colando que essa decisão cabe a justiça e não a Câmara. Na verdade, a lei da fidelidade partidária ainda não está bem clara e, como se diz, no Brasil não pegou. Uma coisa é certa nisso tudo, Tarso não será cassado e se fosse o Juazeiro perderia muito, pois é inegável que se trata de um bom vereador. Que o diga Dr. Santana que foi quem o ensinou.
Quanto a ligação da prefeitura com a SR empreendimentos, realmente, não está muito claro para a população. Mas, isso cabe ao prefeito explicar e o Ministério Público investigar.
Já no caso da Uniconj, eu tenho, e isso é opinião pessoal, restrições a associações e entidades sociais que se meterem com execução de projetos que cabem aos governos. Elas devem existir para defender os interesses e lutar pelos direitos, dando voz as comunidades e não para executar projetos e obras, fazendo o papel de agenciadora e construtora. Inclusive, confesso não conhecer a legalidade disso, mas uma coisa eu tenho certeza, mesmo que seja legal, não é ético.
Agora é importante destacar como fundamental que imprensa mantenha uma conduta ética com relação a tudo isso. Juazeiro está atravessando um momento delicado na sua política e a imprensa precisa se manter neutra e sem paixões diante dos fatos. Nosso papel é o de informar com isenção os fatos e acontecimentos. Podemos inclusive denunciar, e isso temos feito muito bem, mas não podemos assumir uma postura de julgadores; isso cabe aos juízes.
Acredito numa imprensa madura no cumprimento do seu dever e ética na condução e no trato com os fatos. Afinal, quando não vemos a imprensa agir dentro desses preceitos, começamos a nos deparar com verdadeiros surtos psicóticos nas páginas, telas e microfones, por não encontrarem reciprocidade para suas “verdades”.
É bom lembrar que não temos o poder da caneta e nem somos um poder constituído; ainda somos, apenas, meros repetidores de fatos que acontecem e que a sociedade precisa saber. Afinal o papel da imprensa, segundo os manuais da intelectualidade é informar e formar e isso, pelo que eu entendo, não pressupõe julgamento.
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