quinta-feira, 29 de março de 2012
Comissão do Senado aprova fim do 14° e 15° salários aos parlamentares
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou na última terça-feira (27), o fim do 14º e 15º salários, paga aos senadores e deputados federais. Hoje, os parlamentares recebem essas ajudas de custo duas vezes por ano.
A proposta está contida no projeto de decreto legislativo da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), atual ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República. A proposta limita o pagamento desse auxílio financeiro ao início e ao fim do mandato.
A matéria segue para análise do plenário do Senado, mas o texto precisa tramitar também na Câmara. O relator do projeto, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que o pagamento se justificava "na época em que os transportes eram precários e os parlamentares se deslocavam para a capital do país a cada ano e lá permaneciam até o fim do ano legislativo". Hoje, segundo o relator, os parlamentares têm a oportunidade de viajar para os respectivos estados todo fim de semana. Para Lindbergh Farias, isso torna injustificável a manutenção desses benefícios.
Será que passa?
O problema nessas decisões é que as raposas ficam tomando conta do galinheiro. Acredito que a proposta não passe, nem na Câmara, nem no Senado. Primeiro porque a votação será secreta e, segundo, porque nossos parlamentares não costumam se preocupar com a opinião pública, quando a matéria mexe nos seus bolsos; veja-se, os aumentos salariais todos os anos a níveis sempre acima da inflação.
No mais, vimos, aqui recentemente que o senador Ivo Cassol, disse que o político brasileiro ganha muito mal. Então será que eles irão aprovar uma redução dos ganhos? Acho muito difícil.
Agora é bom ressaltar a iniciativa dos senadores Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, já que, a maioria se nega a encampar uma discussão como essa. Agora eu acredito que toda decisão sobre as questões salariais de parlamentares deveria ser decididas pela população em plebiscitos que, inclusive, poderiam ser feitos de forma virtual para não elevar os custos.
O certo é que do jeito que está, com os parlamentares detendo todo o poder, inclusive sobre os seus salários, legislando em causa própria, o país continuará se revoltando com as decisões das raposas que tomam conta do galinheiro.
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