sexta-feira, 1 de junho de 2012

Racha na oposição pode facilitar a vida do candidato do prefeito de Várzea Alegre


A divisão entre os partidos da base de oposição ao prefeito Zé Helder (PMDB), pode favorecer o nome do empresário Carlos Kléber (PT), indicado pelo prefeito como seu pré-candidato. Recém filiado ao Partido dos Trabalhadores, Kléber teve o deputado federal José Guimarães como abonador da sua filiação e que, de quebra, é seu principal articulador.

Segundo informações locais, Kléber goza de tanto prestígio no PT que, inclusive, já foi recebido pela cúpula do partido São Bernardo do Campo, São Paulo, onde mora o ex-presidente Lula.

A oposição, ao que tudo indica, terá dois candidatos. O ex-prefeito Joãozinho (PP), e o advogado João Siebra (PTN), devem caminhar separados. Os dois já disputaram a prefeitura em 2000 e na ocasião Joãozinho saiu vencedor.

As mágoas do passado

Nem todo mundo tem facilidade de engolir sapo. A eleição de 2000 foi muito desgastante e, pelo visto, as feridas ainda não estão saradas. Mas, o principal problema que tem emperrado a união é a vontade de ambos de encabeçar a chapa. Ninguém abre mão de ser o candidato. Podem morrer os dois abraçados.

Agora na prática, a eleição tende a se polarizar entre Carlos Kléber e Joãozinho. Como ex-prefeito, Joãozinho tem maior poder de articulação e seu nome tem estado mais em evidencia. Carlos Kléber representa o novo e tem o apoio da maquina que nunca deve ser desprezado. O curioso na situação é que Joãozinho é apoiado pelo deputado federal Genecias Noronha, do mesmo PMDB do prefeito Zé Hélder, o que tem causado um tremendo mal estar no partido.

Já o prefeito Zé Hélder, tem o apoio do Senador Eunício Oliveira, presidente da sigla no Ceará e, também, do vice-governador Domingos Filho. Mesmo não sendo bom negócio para Genecias, ele deve permanecer no apoio. Joãozinho pediu voto para ele nas últimas eleições. É a velha máxima do “ajoelhou tem que rezar”. Que o diga o deputado Guimarães em Salitre.

Certo mesmo é que a indicação do prefeito Zé Hélder vai além das articulações e esbarra na falta de alternativas dentro do PMDB. Foi preciso buscar quadros de fora da sigla. Que o diga o prefeito do Crato, Samuel Araripe, que passa pela mesma situação.

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