sábado, 27 de abril de 2013
Câmara de Juazeiro de volta ao passado
Uma semana para ser esquecida. Isso é o que se comenta pelas ruas e redes sociais em Juazeiro do Norte. Nas últimas sessões as decisões dos vereadores conseguiram trazer o conceito da população de volta ao passado. Ou seja, credibilidade zero!
Na terça-feira, dia 23, foi votado o veto do prefeito Raimundo Macedo (PMDB) para o projeto do vereador Zé de Amélia (PSL). O projeto propunha a proibição da venda de bebidas alcoólicas e produtos fumigenos (bebida e cigarro) a uma distância de 200 metros das escolas municipais. O detalhe é que o projeto já havia sido aprovado pela própria Câmara. Na votação, apenas os vereadores Zé de Amélia e Cláudio Luz (PT), mantiveram a posição sobre o projeto.
Dois dias depois, quinta-feira, dia 25, a Câmara aprovou projeto do vereador Ronnas Motos (PMDB), que retorna o recesso da Câmara para 90 dias anuais. O projeto aprovado, com a oposição dos vereadores Tarso Magno (PR), Zé de Amélia e Gledson Bezerra (PTB), derruba o anterior de autoria de Gledson Bezerra, que propunha recesso de 45 dias.
As decisões são polêmicas e promoveram um grande debate. Mas, a verdade é que, em ambos os casos quem perde é a sociedade. Proibir a venda de bebidas alcoólicas e cigarros próximos às escolas não resolveria o problema, é verdade! Mas, seria a oportunidade de mostrar que as autoridades se preocupam com a situação. E pelo visto nem legislativo, nem executivo se preocupam. Estamos “ao Deus dará”.
Já no caso das férias prolongadas, existe uma máxima que diz: “nem sempre o que é legal é moral”. O debate não pode girar em torno do tempo real destinado a atuação de cada mandato. Sabe-se que um mandato exige muito mais que o tempo destinado às sessões. O que se deve debater é o exemplo que os parlamentares devem dar a sociedade. Um trabalhador tem 30 dias de férias. Por que, os vereadores têm que ter três vezes mais. A decisão pode, até, ter sido legal, mas, também é inegável que ela é imoral.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário