A juíza Ana Raquel dos Santos Linard decretou, nessa terça-feira (10), o afastamento do presidente da Câmara de Juazeiro, Antônio de Lunga (PSC), e do tesoureiro Ronnas Motos (PMDB), até o fim das investigações que apuram denúncia de formação de quadrilha, além de uso de empresas fantasmas e notas frias para a compra em quantidade exorbitante de material de expediente e limpeza.
Os vereadores foram notificados da decisão em casa. Segundo informações, Ronnas não estava no momento da notificação, mas procurou o fórum para tomar conhecimento. Já Antônio de Lunga, recebeu o documento por volta das 11h30min.
Durante a sessão, também dessa terça-feira, o delegado Vitor Timbó, esclareceu aos vereadores e população presente, sobre os fatos. O delegado falou dos motivos do afastamento e sobre a nova formação da mesa diretora da Casa.
Após os esclarecimentos do delegado, o novo presidente da Câmara, vereador Darlan Lobo (PMDB), empossou os suplentes Normando Soracles (PSL) e Francisco Alberto da Costa (PT).
O vereador empossado Normando Soracles (PSL), disse ser uma pena assumir o mandato nesse momento de grande turbulência política.
Pedido de cassação
Após o juramento de posse dos suplentes, a presidência da Câmara recebeu pedido de abertura de Comissão Processante contra os vereadores afastados Antônio de Lunga e Ronnas Motos. O pedido de cunho popular foi enviado pelo comerciário Antônio Alves da Silva. Ele apresentou denúncia por infração político-administrativa, quebra de decoro parlamentar e ofensa a ética parlamentar.
Após a leitura da denúncia o presidente Darlan Lobo consultou o plenário que aprovou o pedido com apenas uma abstenção. A comissão deve ser escolhida hoje em reunião com os lideres dos partidos.
Segundo o presidente Darlan a Câmara vai apurar e depois com os resultados colhidos vai decidir pela cassação ou não dos vereadores afastados.
Ocupação da Câmara
Próximo ao fim da sessão um grupo de 30 manifestantes invadiram o plenário e sob gritos de “ocupação”, forçaram o encerramento da sessão. Em posse de cartazes e bandeiras de entidades estudantis, o grupo afirmou que ficará na Casa até que suas reivindicações sejam atendidas. Eles querem, entre outras, a renúncia da mesa diretora da Câmara e o impeachment do prefeito Raimundo Macedo.
O presidente Darlan Lobo, reconheceu o direito de protestar, mas avaliou que a atitude acaba atrapalhando os trabalhos da Câmara. Darlan disse esperar que na próxima sessão os trabalhos ocorram com mais tranquilidade.
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