Na
última semana um assunto envolvendo a filha e a nora do prefeito de Juazeiro do
Norte, Raimundo Antônio Macedo (PMDB), ganhou destaque nas redes sociais. A
secretária de Assistência Social e Cidadania do município, Roberta Sampaio
(nora), e a administradora do Restaurante Popular, Milena Gonçalves de Macedo
(filha), autorizaram a compra de rapadura, segundo denúncias e comentários, superfaturada
em cerca de 300% do valor de mercado.
A
compra feita pela Secretaria ganhou notoriedade com a divulgação do empenho
assinado pela secretária Roberta Sampaio autorizando o pagamento. Segundo a
nota foram comprados 150 kg de rapadura, ao valor unitário de R$ 5,19, totalizando
um valor de R$ 778,00, enquanto que, segundo observações em comentários, o
valor de mercado não passa de R$ 1,50 a unidade.
O
pagamento, autorizado em setembro de 2013, que beneficia uma empresa com sede
na cidade de Fortaleza gerou polêmica e deve ser apurado pelos vereadores de
oposição para formalizar denúncia ao Ministério Público do Estado do Ceará
(MPCE). Na maioria dos comentários, foi questionado o fato do produto não ter
sido comprado em Barbalha, cidade conhecida pela produção do doce.
A
secretária Roberta Sampaio foi procurada para comentar o assunto e defendeu a
legalidade da compra que, segundo ela, foi efetuada por meio de licitação. “A
compra foi feita para o Restaurante Popular, junto com vários outros produtos e
gêneros alimentícios,” disse Roberta, ressaltando que licitação é assim,
empresas concorrem e ganha quem apresentar o menor preço e, segundo ela, foi o
que aconteceu.
Sobre
o valor pago pelo produto, a secretária observou que a referencia é o quilo,
não a unidade como se vê nas bancas de rua. “Lembramos que é exigido da empresa
fornecedora uma estrutura de logística, com entrega dentro do prazo previsto. É
importante levar em conta, ainda, a responsabilidade com impostos que encarecem
o produto,” ressaltou Roberta.
Para a
secretária, a compra institucional é diferente de qualquer compra efetuada na
rua, onde se pode barganhar com o valor. “Com a prefeitura é diferente. Aqui
temos que pagar o preço estipulado no contrato. Além do mais, esse valor é
referente ao quilo, o que, é bem mais que a unidade que se vê nas ruas,”
observou a secretária.
A
secretária finalizou esclarecendo que a empresa, sequer, continua prestando
serviço a Secretária ou a prefeitura. “A nota que circula nas redes sociais é
referente ao ano passado. Desse lote em questão, tudo que foi contratado foi
entregue. Para se ter uma ideia já houve outra licitação recentemente,” disse
Roberta.
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