O vereador Gledson Bezerra (PTB) avaliou a sessão dessa terça-feira
(12), como o momento para a Câmara lavar a roupa suja. Gledson se referia aos
comentários sobre as declarações do vereador Antônio Cledmilson (PSD) na semana
passada. Cledmilson afirmou que existem vereadores usando a Câmara de Juazeiro como
palanque político.
Gledson destacou que a palavra “parlamento” vem de termo “parlar”, que
significa falar, debater. “Essa é uma Casa de debate. O que, não precisa dizer
que todos têm que falar. Por isso, é preciso respeitar o posicionamento e o
estilo de cada vereador”, disse Gledson.
O debate foi levantado pelo vereador Normando Sóracles (PSL), durante o
grande expediente, quando usou seu espaço para se defender das acusações do
vereador Cledmilson. Normando desabafou dizendo que pode ter seus excessos, mas
que tem boa intenção e procura fazer um bom trabalho.
Normando assumiu que é pré-candidato a prefeito, mas que na Casa existem
outros dois vereadores nessa mesma condição. “Há de se destacar o bom trabalho
que outros vereadores desempenham nos bastidores. Mas, não vou mudar; não vou
deixar de falar é o meu estilo”, finalizou Normando.
Queda de braço com o Hospital Regional
Durante visita ao Hospital Regional do Cariri (HRC), para verificar
denúncia de falta de soro, o vereador Normando Sóracles acabou sendo barrado. O
vereador destacou que a segurança não permitiu sua entrada para fazer a
fiscalização. A presença do vereador foi avisada à direção do hospital, que
solicitou o envio de ofício para decidir sobre o acesso às dependências e
documentos.
Normando disse que não vai enviar ofício e solicitou que a Casa, através
da sua assessoria jurídica, que faça valer sua prerrogativa enquanto
parlamentar. “O hospital recebe verba pública do município. Como vereador,
tenho o dever de fiscalizar os interesses dos cidadãos de Juazeiro. E disso,
não abro mão” disse Normando.
Os vereadores Tarso Magno (PR) e Gledson Bezerra, foram solidários a
Normando com relação ao embate com Hospital Regional. Tarso disse que já
enfrentou situação parecida no mesmo hospital. Já Gledson disse que a Câmara
tem fazer valer seus atributos e prerrogativas para que os vereadores sejam
respeitados.
O vereador Preto Macedo (PMDB), ressaltou que o Hospital Regional não
vem cumprindo com suas responsabilidades. Segundo ele, a falta soro é o mínimo.
“O Regional não está fazendo exames importantes como ressonância magnética”,
disse Preto, ressaltando que o HRC recebe para realizar os exames.
O assessor jurídico da Câmara, Erivaldo Oliveira, disse que vai recorrer
à via administrativa. Segundo o assessor, a Casa enviará um documento solicitando
o acesso livre dos parlamentares ao interior e aos documentos referentes a prestação
de contas dos repasses do Município. Em caso de negativa, a Câmara recorrerá à
justiça para fazer valer as prerrogativas do vereador.
Votação de veto
O presidente da Câmara, vereador Danty Benedito (PMN), colocou para
apreciação do plenário Veto do prefeito Raimundo Macedo. O prefeito vetou o
Projeto de Lei que responsabilizava o município pela contratação e remuneração de
Bombeiros Civil para os quadros do Corpo de Bombeiros.
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