segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cid está torcendo por Inácio Arruda


Durante a 20ª Conferência Estadual do PCdoB, realizada na Faculdade de Direito da UFC, o governador Cid Gomes, disse lamentar a derrota de Inácio Arruda para a prefeitura de Fortaleza em 2004. E foi além, dizendo que “se Deus quiser Inácio conseguirá se eleger em 2012”.

NA REALIDADE, o que está acontecendo é o agravamento de um embate que começou, publicamente, após as declarações do governador Cid, a rádio O Povo, onde ele disse que “em Fortaleza, muitas vezes, aconteceu de azarões ganharem eleições”. Na mesma entrevista, Cid Gomes disse que iria recorrer a Lula e Dilma para manter a aliança com o PT em Fortaleza. Na resposta a prefeita Luizianne Lins (PT), disse que tinha chegado a prefeitura sozinha e que iria decidir seu sucessor sozinha.

O problema é que a prefeita não está avaliando o quadro atual com a atenção que ele merece. Diferente de 2004, o pleito deste ano não traz nenhuma novidade. Ela agora é situação e, um tanto desgastada administrativamente. Seus nomes mais fortes, sequer foram experimentados nas urnas e a insistência numa posição mais radical pode abrir enormes precedentes para que os partidos de direita retomem o poder na capital.

Está na hora da prefeita agir com mais maturidade e deixar essa síndrome de He-mem. Às vezes a força está na capacidade de negociar e numa boa estratégia eleitoral.

ENQUANTO ISSO, em meio a um cenário eleitoral já turbulento, com tencionamento de todos os lados, inclusive por parte dos partidos aliados, a prefeita vê a formação de uma frente que a cada dia se fortalece mais. Encabeçada pelo PSDB e DEM, a frente têm sondado os partidos de oposição na câmara como PTC, PDT, e PR. Além da possibilidade do PSD. Eles já estão inclusive conversando. E se conseguirem resolver algumas questões ideológicas e pessoais, essa frente pode ganhar muito corpo. Isso para não falar da pressão exercida pela base aliada do governo. Exemplo disso é o próprio PSB e o PMDB.

Ou seja, mesmo sendo muito cedo para as decisões mais definitivas, por estarmos ainda longe do pleito, a prefeita terá que tomar uma posição, sob pena de implodir as possibilidades de manutenção da aliança.

Mas se cabe uma analise baseada no seu histórico, posso dizer que Luizianne não vai abrir. Na sua visão a prefeitura é a única arma que ela tem para fortalecer o futuro político dela e do seu grupo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário