A política ampla de alianças do Partido dos Trabalhadores (PT) tem estimulado o debate nos diretórios do partido em todo o país. Mas, para o presidente nacional da sigla, deputado Rui Falcão, o assunto está encerrado. Ele destaca que o PT decidiu, no seu congresso nacional, a proibição das alianças com os partidos de oposição à presidente Dilma Rousseff.
Segundo Rui Falcão, os diretórios que ousarem se aliar ao PSDB, DEM e PPS, serão alvo de intervenção e, até, dissolução.
NA VERDADE, essa é primeira vez que um partido decide algo dessa natureza abertamente. Sempre convivemos com as possibilidades de alianças diferenciadas nos diferentes níveis dos poderes executivos e legislativos. E as alianças municipais sempre viveram situações distintas das decisões nacional e estaduais. E isso era respeitado baseado nas chamadas realidades locais.
O problema da decisão é que ela é ineficiente do ponto de vista ideológico e questionável a partir do momento que se configura como perseguição. Senão vejamos: no caso de Juazeiro, o deputado federal Manoel Salviano, militou a vida inteira no PSDB, partido de forte ideologia neoliberal. Agora ele se filiou ao PSD e o PT quer seu apoio para a sucessão municipal. Será que ideologicamente ele mudou? Outro exemplo foi Raimundo Macedo que, ainda no PSDB, foi um forte apoio a eleição do prefeito Santana. E quanto a oposição, ela é importante para a democracia. Matá-la, politicamente, não será a solução para resolvermos os problemas que ainda afligem o país e precisão, na verdade, é de uma decisão político-administrativa.
O que o PT nacional não está levando em consideração é que o povo brasileiro não vota baseado na ideologia. Ou seja, o que se percebe é que houve em enfraquecimento na política de politização dos seus quadros petistas. Não se combate oposição com força, a vitória deve vir da conscientização dos filiados e do convencimento nas urnas.
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