A coluna do jornalista Donizete Arruda, Jornal do Cariri, desta semana, destaca o empenho do governador Cid Gomes em eleger o deputado Sineval Roque, pré-candidato do PSB a prefeito do Crato. Segundo Donizete, o governador conseguiu mobilizar a direção nacional de seu partido para incluir o Crato na lista das prioridades. No pacote estaria a exigência do apoio do PT.
O jornalista diz na matéria que, ainda esta semana, em São Paulo, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, deverá se encontrar com o secretário nacional do PT, Paulo Frateschi. Na pauta, o interesse do PT ser apoiado por socialistas em São Paulo, e em troca subirá nos palanques dos socialistas de Mossoró (Rio Grande do Norte), Campinas (São Paulo) e Crato (Ceará).
Para finalizar Donizete avalia que as chances do PT nacional impor o voto na candidatura de Sineval Roque são elevadíssimas. Para o jornalista o acordo ajudaria na retirada do PSB do palanque de José Serra em São Paulo.
Muita areia para um caminhãozinho
Com todo respeito ao Crato e a Mossoró, não acredito que haveria uma negociação nacional envolvendo as duas cidades. Ninguém em sã consciência negociaria apoio a prefeitura de São Paulo. Se juntarmos as duas cidades não dá 10% da população da capital paulista. Campinas é outra coisa. Além de fazer parte do estado e estar inserida na realidade política, tem uma população que ultrapassa 1 milhão de habitantes.
Quanto a esse emprenho por Sineval Roque, eu tenho cá minhas restrições. Primeiro porque, se houvesse realmente esse desejo exacerbado, o governador estaria empenhado era em convencer o PMDB do senador Eunício Oliveira, a retirar a pré-candidatura do empresário Ronaldo Matos para apoiar Roque; o que, se acontecesse não seria necessário recorrer a nacional e a negociação ficaria dentro da realidade regional. Vale salientar, isso não está acontecendo.
Quanto a possibilidade de “pacote”, onde fica colocado algo do tipo: Tu me apóia aqui, que eu apoio ali e acolá, é algo que passa por cima das realidades locais. E isso, não é bom, pois coloca, muitas vezes, em situações vexatórias as lideranças locais. Já, quanto a impor uma situação dessas ao PT local, realmente, só fala isso quem não conhece o PT. Só para lembrarmos os casos mais recentes, em Fortaleza, o governador Cid e outras lideranças tentam empurrar uma candidatura, mas são barrados pela maioria de Luizianne. Ou seja, quem manda é a maioria. E se as lideranças não tiverem o controle dessa maioria, esse tipo de proposta não passa.
Só para resumir é importante destacar que o jornalista coloca isso como esforço para tirar o PSB do palanque do José Será. Então eu perguntaria: onde está a ideologia dos socialistas que querem se juntar aos neoliberais? É, Parece que estamos vendo a morte da ideologia dentro do PSB paulista.
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