segunda-feira, 23 de abril de 2012

Presidente da Assembleia seguirá orientação do partido e do governador sobre sua pré-candidatura em Fortaleza


O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (AL), deputado Roberto Claudio (PSB), falou com exclusividade ao site Miséria sobre o futuro da sua pré-candidatura a prefeito de Fortaleza. Segundo ele, sempre pautou sua conduta como militante fiel as decisões partidárias e, por isso, em Fortaleza deverá esperar a decisão do partido e do governador, a quem qualificou de líder maior do PSB do Ceará.

Sobre os nomes do PT, Roberto Claudio disse não fazer qualquer juízo de valor pessoal ou político sobre pré-candidatos de outros partidos, mas, acredita que Camilo Santana é um dos mais notáveis lideres da política cearense nos últimos tempos. “Seja em qualquer posição que o Camilo estiver, teremos sempre a certeza de um trabalho bem feito”, disse.

O presidente da AL disse, ainda, que o partido deve esperar os resultados do projeto “Atitude 40” para basear sua decisão relacionada a propostas para Fortaleza e outras regiões do Ceará. Roberto Claudio destacou que no PSB, hoje, existe um grupo que entende a candidatura própria como o melhor caminho e outro que segue a avaliação do governador Cid Gomes que acha a manutenção do arco de alianças como o melhor para Fortaleza e para o Estado.

Queda de braço

Na verdade, o que está em jogo é a dianteira na condução do processo eleitoral entre os partidos aliados. É uma luta pela liderança do grupo. O problema é que a prefeita Luizianne Lins tem levado essa tese às últimas consequencias. O grupo da prefeita em Fortaleza, já fala, inclusive, em rompimento. Luizianne quer a liberdade para escolher ser ou não candidata ao governo em 2014. Promovendo o rompimento e partindo para o controle do PT, ela acredita que conseguirá. Antes terá que derrotar o grupo do deputado José Guimarães no interior que trabalha pela aliança.

Se formos analisar as últimas alianças, imediatamente, anteriores a atual, o PT sempre comandou as decisões frente aos outros partidos. Eram partidos, inferiorizados em termos de representações, o que, não acontece agora. O fato de não dar as cartas sozinho e ter que negociar a indicação dos cargos, incomoda algumas alas do partido.

Agora é importante que o PT avalie que colocou, ainda em 2006, todo o seu capital eleitoral a favor dessa aliança. E agora com que cara o partido vai dizer aos cearenses que depois de oito anos percebeu que sua decisão foi errada e que o caminho é o rompimento. Acredito que será um tiro no pé. E que o partido terá que trabalhar muito para reconstruir tudo outra vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário