sábado, 27 de outubro de 2012

Fortaleza: 31% do eleitorado queria opção melhor


A pesquisa O Povo/Datafolha para prefeito de Fortaleza, divulgada nesta semana, revela um dado, no mínimo, interessante. Quase um terço dos eleitores da capital, ou 31%, escolheu o candidato a prefeito no segundo turno por falta de opção melhor.

Os eleitores que afirmam estarem definidos por considerar o nome ideal são 67%. Nessa pergunta, a pesquisa desconsidera os votos em branco, nulos e indecisos.

Os dois concorrentes que chegaram ao segundo turno receberam, somados, 48,7% dos votos válidos. O que significa que mais da metade dos fortalezenses preferiram um dos oito competidores que ficaram fora do segundo turno.

Quanto a decisão, os eleitores que optam por Elmano de Freitas (PT) se mostraram mais seguros com relação a escolha. O petista é considerado a alternativa ideal por 70% dos seus eleitores, enquanto 27%, ainda, queriam uma opção melhor.

Entre os que preferem Roberto Cláudio (PSB), 64% o consideram o prefeito ideal para a cidade, enquanto 35% apontam ausência de opção melhor.

O Datafolha ouviu 1.279 eleitores de Fortaleza nos últimos dias 23 e 24 de outubro. A pesquisa foi contratada pelo Jornal O POVO e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) com o número CE-00182/2012.

Bom exercício da democracia

O grande trunfo da democracia é a participação e, nesse caso, os eleitores admitem o desejo de melhores opções, mas que, não se eximem de votar estão dando uma aula de participação. O número de eleitores que queriam outra opção, não de todo preocupante e, até, pode ser considerado razoável. Afinal, tínhamos 10 candidatos, com propostas e ideologias políticas diferentes.

Não é possível, mesmo com as adesões de última hora, se moldar ao perfil de outro candidato apenas para agradar seu eleitorado. Por mais que seus candidatos tenham ficado pelo caminho, esses eleitores continuam considerando suas propostas e posicionamentos mais confiáveis.

Nessa decisão pesam, principalmente, as questões relacionadas a desaprovação da administração petista e as questões ideológicas. Ou seja, por mais que os eleitores de Renato Roseno (PSOL) e Francisco Gonzaga tenham críticas a administração da prefeita Luizianne Lins, é mais difícil que eles fechem com Roberto Cláudio. É uma questão de afinidade partidária.

Certo mesmo é que, se considerarmos que 51,3% dos eleitores da capital não escolheram nem Elmano, nem Roberto Cláudio no primeiro turno, é fato que, ter mais 20% que já se convenceram por um dos dois, significa um bom nível da campanha e das propostas nesse segundo turno.

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