segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Quem cresceu e quem encolheu no Brasil após as eleições municipais de 2012


Neste segundo turno o PT, PSDB e o PSB conquistaram a maior parte das 17 prefeituras de capitais em disputa. Eles ganharam três prefeituras cada um, sendo que a maior vitória política coube ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao eleger em São Paulo um novato para a prefeitura paulista.

O professor e ex-ministro da Educação Fernando Haddad ajudou o PT retomar dos tucanos a prefeitura paulistana. Haddad obteve 3,387 milhões de votos, contra 2,708 milhões de José Serra.

Os petistas também conquistaram a capital paraibana, João Pessoa, com Luciano Cartaxo (68,13%) que derrotou o tucano Cícero Lucena. Outra vitória petista sobre os tucanos ocorreu em Rio Branco (AC), onde o candidato, também, novato Marcus Alexandre bateu com 50,80% dos votos o tucano Tião Bocalom (49,20%) numa vitória que será creditada aos irmãos Jorge Viana (ex-governador, atual senador) e Tião Viana (ex-senador, atual governador).

Mas os tucanos podem se gabar de, com o ex-senador Arthur Virgílio, derrotarem em Manaus (AM) não apenas a senadora do PC do B, Vanessa Grazzioton, mas também ao próprio ex-presidente Lula, que fez de tudo para elegê-la. Virgílio obteve 65,95%.

Em Belém (PA) os tucanos também venceram com Zenaldo Coutinho, que atingiu 56,61% derrotando o candidato do PSOL, Edmilson Rodrigues. O PSDB venceu ainda em Teresina, no Piauí, com Firmino Filho que bateu o candidato do PTB Elmano Férrer.

Outro partido com três vitórias foi o PSB que sai desta eleição com o maior percentual de crescimento no número de prefeituras, muito embora elas ainda fiquem aquém dos demais partidos. Ele governava em 308 cidades e a partir do próximo ano governará 443 prefeituras. O partido fez o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (64,45%), derrotando o petista Lúdio Cabral, e em Porto Velho (RO), o partido conquistou a prefeitura com Mauro Nazif, que venceu Lindomar Garçon do PV.

Com as duas capitais conquistadas no primeiro turno, Belo Horizonte (MG) e Recife (PE), o partido terá o comando sobre o maior numero de capitais em todo o país, cinco no total.

O PSOL sai deste segundo turno com a sua primeira prefeitura de capital. Ele conquistou a prefeitura de Macapá (AP) com o candidato Clécio Luiz. Ele derrotou o atual prefeito Roberto Silva, do PDT. Foi uma renovação dos quadros políticos do Amapá.

O PDT conquistou duas capitais neste segundo turno, sendo a mais importante e significativa a prefeitura de Curitiba (PR) com Gustavo Fruet, um ex-tucano que já atacou duramente os petistas, inclusive o ex-presidente Lula, mas que acabou apoiado pelo PT para derrotar o apresentador de TV Ratinho Junior. A outra vitória pedetista foi de Carlos Eduardo, em Natal (RN) que derrotou o peemedebista Hermano Moraes, impondo uma importante derrota ao líder do PMDB na Câmara, Henrique Nunes que sairá candidato a presidente daquela casa.

Cinco outros partidos conquistaram uma prefeitura cada um: Em São Luiz (MA), Edivaldo Holanda Junior, com o inexpressivo PTC, venceu um tradicional político maranhense, o tucano João Castelo. Em Vitória, outro tradicional político tucano, Luiz Paulo Veloso, foi derrotado por Luciano Rezende, do PPS. Em Florianópolis confirmou-se o favoritismo do candidato do PSD César Souza Junior em mais um derrota de um peemedebista, Gean Loureiro. Em Campo Grande (MS) o Partido Popular conquistou sua segunda capital, já que, a primeira, Palmas (TO), foi ganha no primeiro turno com Alcides Bernal, contra Edson Goto, do PMDB.

Em Salvador, o Antônio Carlos Magalhães Neto, neto do tradicional cacique baiano, chegou à prefeitura. Ele impôs uma importante derrota ao PT do candidato Nelson Pelegrino, naquele que pode ser o renascimento do Carlismo na Bahia, força política que praticamente desapareceu desde a morte do avô de ACM Neto, o ex-governador, ex-ministro e ex-senador Antonio Carlos Magalhães.

O PMDB, continua tendo o maior número de prefeituras em todo o país, mas, perdeu neste segundo turno as três capitais onde concorreu. Hoje o PMDB governa quatro capitais (Salvador, Goiânia, Campos Grande e Rio de Janeiro), mas em 2013 estará à frente de apenas duas (Rio de Janeiro e Boa Vista). Para 2013 o terá uma redução 13,5% no número de prefeituras. Ele sai de 1.193 cidades para 1.031.

Outros que sofreram perdas foram os tucanos que caem 787 prefeituras para 702. Já os petistas e os socialistas saíram ganhando. O PT que tinha 550 prefeituras, agora passará a ter 634, um aumento de 15%. O PSB foi aquele que mais cresceu percentualmente, pulando de 308 para 443, um crescimento de 43%.

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