Segundo Roberto Cláudio, após a eleição de 7 outubro, tanto ele, quanto o governador Cid Gomes (PSB), além dos coordenadores de campanha, buscaram dialogar com os partidos e candidatos para angariar os apoios. Roberto Cláudio não quis divulgar quem se posicionou a favor ou contra.
O candidato socialista afirmou que a estratégia para alcançar os votos dos demais candidatos, será mostrar com clareza que existem dois projetos para Fortaleza, o da continuidade da atual gestão, e o projeto que está propondo renovação.
Roberto Cláudio afirmou ainda que vai incorporar mensagens dos outros candidatos, sem que o partido perca a identidade.
Os três mais importantes
A busca de apoios para aqueles que irão segundo turno é algo natural e necessário. Mas, o que se percebe é, em alguns casos, a tentativa de maior valorização e noutros a necessidade de não se ausentar do debate. Para quem ficou bem colocado, fica uma negociação mais valorizada e para ficou lá atrás é necessário continuar aparecendo para tentar recuperar o que foi perdido no decorrer da campanha no primeiro turno.
Nesse caso, partidos como PCdoB, além de PSTU, PPL e PRTB, acabam tendo que vir sem qualquer garantia de parceria na futura administração. Eles ficaram mal colocados e o poder de negociação se torna muito pequeno. E, vale salientar, eles não são alvos prioritários de nenhum dos candidatos que disputam o segundo turno.
Na verdade, os partidos mais valorizados nesse processo, pela ordem, são PDT, DEM e PSOL. Mas, pelo que se percebe a negociação não está fácil para nenhum dos lados. E isso pode ser a busca de uma maior valorização para negociar em patamares mais altos.
Dos três partidos, o DEM parece ser o mais flexível na conversa, apesar, de que já avisou que irá reunir sua cúpula para discutir o assunto. Nos bastidores, o partido é visto como apoio, quase certo, ao PSB de Roberto Cláudio. O PSOL já deu, nas palavras de Renato Roseno, o caminho do partido nesse segundo turno. O PSOL deve se ausentar e não apoiará nenhum dos candidatos, o que, já foi decido, também, pelo PSDB.
Mas, a disputa mais intensa ficou pelo PDT de Heitor Férrer. Mas, o candidato a vice-prefeito na chapa, o empresário Alexandre Pereira (PPS), disse ontem que “com o PT não dá pra ficar”. É claro que isso pode ser resquício da orientação do PT nacional em descartar alianças com PPS, DEM e PSDB. Ou seja, para Elmano esses são partidos cada vez distantes.
Ontem, os candidatos Heitor e Alexandre se reuniram com o deputado federal André Figueiredo, presidente estadual do PDT. Eles discutiram o destino do apoio neste segundo turno. As informações davam conta de que Férrer estava travando intensas ponderações junto à direção do seu partido, mas que não queria manifestar pessoalmente o apoio a nenhum dos candidatos.
Já hoje, pela manhã, o presidente do partido, deputado federal André Figueiredo, acabou com a dúvida, o PDT vai apoiar Roberto Cláudio. Mas, a maioria dos analistas da capital acreditam que Heitor deve se ausentar da campanha. Heitor, durante seu mandato de deputado, sempre esteve ao lado da oposição e, acredito que isso acaba sendo fator que dificulta a conversa com o PSB de Cid Gomes.
Certo mesmo, nesse processo de negociação é que o PSB, apesar das dificuldades encontradas, deve angariar a maior parte dos apoios. E a tendência do PT é marchar com o que já tinha. Ou seja, a batalha será contra tudo e contra todos.
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