A
volta do recesso parlamentar na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte foi
cercada de muitas polêmicas e discussões. Os vereadores Cláudio Luz (PT) e
Tarso Magno (PR) protagonizaram uma áspera discussão sobre o projeto de Lei do
Executivo que prevê o reajuste dos servidores municipais.
Atrasado
desde janeiro último o projeto foi votado na sessão, que aprovou reajuste de 6%
com parcelamento do retroativo. Antes da votação, Cláudio Luz apresentou emenda
ao projeto solicitando que o pagamento retroativo fosse feito de uma só vez.
A
assessoria jurídica da Casa considerou a emenda inconstitucional, por onerar os
cofres públicos. O projeto prevê o pagamento do retroativo parcelado em cinco
vezes. Na votação, a maioria dos vereadores derrubou a emenda e aprovaram o
projeto na integra.
No auge da discussão, Tarso Magno chegou a dizer que Cláudio Luz não
tinha moral para falar pelos servidores. Tarso ressaltou que Cláudio fez parte
de uma gestão que traiu a categoria e ele próprio, quando secretário de
Segurança, mandou “baixar o pau em professores”.
O clima se acirrou e o vereador Cláudio Luz devolveu a afirmação perguntando
se Tarso tinha moral. A tensão só diminuiu quando o presidente, vereador
Capitão Vieira Neto (PTN), interferiu acalmando os ânimos.
Mais polêmicas
Outra polêmica durante a sessão foi o projeto de doação
de terreno ao secretário Executivo de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte e
empresário, Silva Lima. O projeto prevê a doação de terreno medindo cerca de 1
mil m2 e fica localizado em frente ao Hiper Bom Preço.
A doação, que visa a ampliação de uma fábrica de moveis
de propriedade de Silva Lima, recebeu duras criticas do vereador Cláudio Luz. Segundo
o vereador, a fábrica se encontra fechada e o bem servirá apenas para
enriquecimento ilícito do secretário executivo. O projeto foi aprovado, mas o
vereador garantiu levar a denúncia ao Ministério Público do Estado (MPCE).
O vereador Normando Sóracles (PSL) falou sobre a
situação da educação no município. Segundo o vereador, o caos já tomou conta
dos colégios. “As salas de aula estão dominadas pelos alunos, os professores estão
encurralados e sofrendo agressões físicas, os telhados estão caindo e os
ventiladores estão pendurados,” desabafou Normando, pedindo que fossem
acionados a Secretária de Educação do Estado, o Ministério da Educação (MEC) e
o Ministério Público do Estado (MPCE).
Já o vereador Darlan Lôbo (PMDB) denunciou, o que
qualificou, de obras sonrizal. Para Darlan a ideia é fazer obras fracas para
que volte a fazer a mesma obra, com valores superfaturados, para desviar novamente
o recurso público. Ele citou como exemplo as reformas das escolas e postos de
Saúde, a drenagem da Praça Nsa. Sra. de Fátima e o asfalto da Avenida Manoel
Coelho. Segundo o vereador, todo o dinheiro foi jogado fora.
Caso Memorial
O presidente da Fundação Memorial Padre Cícero, Antônio
Chessman, usou a tribuna para falar sobre a denúncia do sumiço de peças
pertencentes ao acervo do Padre Cícero, do Memorial que leva o nome no padre.
O presidente levou em mãos um inventário bibliotecário
datado de 7 de janeiro de 2010, e levantamento museológico de junho de 2012. Segundo
Shesmam, baseado em levantamento atual, nada sumiu das dependências do
Memorial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário