Direto ao Ponto. Wesley Batista é os favelados do Rio
Nada mais original que o empresário Wesley Batista, dono da JBS, ser solto no mesmo dia em que o exército recebeu sinal verde para invadir as favelas do Rio de Janeiro, sob a força de um “mandato coletivo de busca e apreensão”. No caso de Wesley, a liberdade, assistida por uma tornozeleira eletrônica, foi patrocinada pelo Superior Tribunal de Justiça, o STJ; mas, o mandato coletivo foi assinado pelo Ministério da Justiça, que tem o objetivo de proteger e respeitar o cidadão. O General Walter Braga Netto, interventor no Rio, pediu “sacrifício e colaboração”.
Talvez tenhamos entendido
diferente. Talvez a notícia seja que o exército está investigando para saber
onde estão os chefes do tráfico e do crime organizado para, então, prendê-los e
proteger de fato o cidadão. O mesmo cidadão que, na verdade, terá sua casa
invadida, seus pertences revirados e, se brincar, será preso por ter se negado
a abrir o guarda roupa, onde repousam suas roupas velhas. A palavra é vergonha;
vergonha do cidadão, obrigado a expor sua triste vida, vergonha da justiça em
soltar mais um corrupto.
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