O mais novo partido do Brasil, o PSD, já pode estar com os dias
contados. Segundo informação e análise do jornalista Fernando Maia, jornal O
Estado, a possibilidade existe se o TSE negar o tempo de TV ao PSD para o
pleito de outubro.
Segundo o jornalista “há uma já adiantada trama entre o fundador do
PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o esperto comandante do PSB,
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sobre a fusão entre as duas siglas”.
Na sua análise, Fernando Maia, não considera a situação impossível
e dá o exemplo do Ceará, onde segundo ele, o PSD já é um dos “genéricos” do PSB.
Quanto ao nome, o jornalista ironizou dizendo bastaria bolar um buquê de
letrinhas, já que os dois se dizem socialistas.
Gato
por lebre
Primeiro é importante analisarmos que a possibilidade não é
motivada apenas pela autorização, ou não, do TSE a veiculação de propaganda de
radio e TV do PSD. Isso é apenas passageiro e na próxima eleição estaria tudo
normal. A saída mais plausível e, lógica, seria a articulação de alianças para
amenizar o problema e dar visibilidade ao partido na propaganda eleitoral.
Nomes com capacidade e norral para isso não faltam dentro do PSD.
Agora, o que está por trás de tudo isso, na verdade, é a sucessão
de 2014. Com a junção teríamos um partido capaz bater de frente com grandes
siglas como PT e PMDB, na briga pela indicação do nome a sucessão. A única
dúvida é como ficaria a situação dos parlamentares que não perderam o mandato
por ser o PSD um partido novo. Teríamos um outro partido novo e ficaria tudo
como está? Se for assim, ainda, poderia ter mais políticos engrossando essas
fileiras.
Outra coisa a ser destacada é a\voracidade com que o governador de
Pernambuco tem trabalhado para disputar a presidência em 2014. Ele chega ao
ponto de se unir ideologicamente aos partidários do neoliberalismo, remanescentes
do velho PSDB e DEM. Regime que o PSB sempre combateu. Isso só mostra que a
ideologia partidária é coisa do passado e o que importa realmente é política do
poder, onde, como dizia Maquiavel, “os fins justificam os meios”.
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