terça-feira, 3 de julho de 2012
Câmara de Barro cassa prefeito Marquinélio
A Câmara Municipal de Barro cassou ontem (02) em sessão muito tumultuada o prefeito municipal José Marquinélio Tavares. Pesaram contra o prefeito acusações comprovadas de contratação de funcionários fantasmas, pagamento de obra antes da realização e falsificação de documentos.
A sessão teve início às 21 horas, mas antes o advogado de defesa, Sergio Dantas, tentou impedir a realização da sessão com pedido de liminar, mas não teve êxito. Nem o advogado de defesa e nenhum dos acusados compareceram a sessão. Dos nove vereadores, seis votaram pela cassação do mandato.
O esquema de desvio de verba foi denunciado por iniciativa popular. Três professores e dois agricultores assumiram as denuncias, defendidas pelos advogados José Boaventura Filho e Maria Eliza Fernandes. As denuncias foram apuradas por Comissão Processante formada por vereadores.
Além do prefeito, são investigados os secretários de Finanças, José Evandro Tavares, e Educação, Josilene Dias Tavares, e mais dois vereadores, José Elionilton e Wilton Leite Diniz, ambos do DEM.
Ponto para democracia
O ponto positivo, se é que existe algo de positivo em situações como essa, foi a denuncia por iniciativa popular. Esse tipo de atitude nos deixa confiante no aumento da participação do cidadão e, com certeza, mais esperançoso na consolidação da democracia.
Já o ponto negativo, principalmente, na sessão foi a ausência dos acusados. O principio moral de um gestor deve ser a coragem de encarar o povo que o elegeu seja quais for as circunstâncias. Eles tiveram assegurados o direito a defesa e a partir do momento que abriram mão disso, acabaram assumindo a veracidade das acusações. Os vereadores fizeram a parte deles, restou aos acusados, no mínimo, se justificarem a população.
É importante lembrar que ainda existe brecha na legislação para que o prefeito volte ao cargo. A defesa pode entrar com recurso pedindo a anulação da sessão e requerendo o volta do gestor ao cargo. Agora, o que se sabe é que as provas são contundentes contra o prefeito e os outros acusados. Então resta a justiça manter a decisão da Câmara.
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