Em agosto de 2012, a Diocese do Crato foi envolvida no primeiro grande
escândalo no Cariri. A Cúria Diocesana, administrada pelo bispo Dom Fernando
Panico, vendeu cerca de 20 casas do patrimônio da Igreja a valores inferiores
ao de mercado. As casas foram vendidas por R$ 45 mil e sem dar preferência aos
inquilinos dos imóveis. Dias depois a Diocese informou haver um equivoco,
garantindo ter voltado atrás e reintegrado o patrimônio. Na época, Dom Fernando chegou a responder por crime de estelionato.
Na última semana, uma denúncia aponta que as casas continuam sob o
controle de outro proprietário que não é a Diocese. A reedição da vendas dos
imóveis teria sido percebida, segundo um denunciante que prefere não se
identificar, após uma consulta no Cartório de Registro de Imóveis do 5ª ofício no
Crato. As matrículas estão sob a numeração: 4216 e 4211. Segundo relato do denunciante,
outros imóveis da Diocese estão na mesma situação.
A denúncia aponta dois casos de residências situadas às Ruas Teófilo
Siqueira (nº 691 – Centro) e Coronel Secundo (nº 66), retornadas ao patrimônio
e revendidas em 2013 pelo valor R$ 45 mil cada. As residências estão em nome de
Lauro Duarte Pinheiro e Joaquim Humberto Duarte Júnior, respectivamente. Os
compradores pertencem à mesma família e estavam envolvidos no primeiro
escândalo em 2012. As residências estão alugadas, sob a responsabilidade da “Imobiliária
Deus é Amor”.
Durante o encerramento da festa da padroeira do Crato, Nossa Senhora da
Penha, dom Fernando falou sobre a sucessão de escândalos e a sua gestão
turbulenta a frente da Diocese do Crato. Para o bispo tudo isso faz parte da sua
caminhada. “Uma vida sem turbulência é uma vida com águas paradas e vida podre.
Águas de pântano são águas podres”, disse Dom Fernando, ressaltando que aonde
existe movimento à crise, ou seja, vontade de caminhar e enfrentar novos
desafios.
Dom Fernando disse, ainda, que nem tudo Deus permite e quando essas
turbulências fogem ao Seu controle, Ele dá um jeito de restabelecer a paz, a
verdade e a santidade.
(Com informações do Jornal do Cariri).
Nota de Esclarecimento da Assessoria de Imprensa da Diocese de Crato
ResponderExcluir1) O Exmo. e Revmo. Sr. Dom Fernando Panico, Bispo Diocesano de Crato, ingressou na justiça contra alguns tabloides e blogs da Internet, depois que esses publicaram matérias inverídicas e ofensivas à imagem e honra pessoal do Bispo Diocesano de Crato. Trata-se de um direito assegurado a Dom Fernando Panico que se sentiu injuriado Até o presente momento apenas um desses processos foi julgado, o que corria no âmbito da Justiça do Distrito Federal, movido contra o blog Juanorte, editado sob a responsabilidade do jornalista J. Alcides. Neste caso específico o Poder Judiciário do Distrito Federal deu ganho de causa a Dom Fernando Panico, baseado, dentre outras, nas razões abaixo:
a) O Sr. Juiz de Direito ao julgar o processo considerou que as matérias veiculadas no Blog Juanorte – contra o Bispo Diocesano de Crato – careciam de veracidade, além de o fato das mesmas conter, em seu teor, opiniões pessoais e de cunho difamatório, confundindo o direito de informação com juízo de valores, visto que agrediram, denigriram e ofenderam a honra e a imagem da Diocese e do Bispo Diocesano;
(continua)
b) Vale ressaltar a motivação que levou o Juiz de Direito a condenar o jornalista J. Alcides, responsável pelo Blog Juanorte. Na sentença condenatória constou: “da mesma forma que é assegurado o direito à informação, é também assegurado o direito à dignidade da pessoa citada na matéria. A liberdade de imprensa tem limite e esse limite encontra-se no artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal e artigos 186 e 927 do Código Civil”.
ResponderExcluir2) Outros tabloides sensacionalistas (“Gazeta de Notícias” e “Jornal do Cariri”) e três blogs – todos editados na Região Metropolitana do Cariri – também publicaram matérias ainda mais graves do que as vinculadas no Blog Juanorte. O Exmo. e Revmo. Sr. Dom Fernando Panico foi obrigada a buscar a reparação que lhe é assegurada pelas leis do País, já que as matérias divulgadas eram destituídas de veracidade, além de violarem, com profundidade, o direito à imagem daquela autoridade religiosa, além de implicar em irreversíveis danos morais à pessoa do Bispo Diocesano de Crato;
3) Divulgadas de forma leviana e irresponsável, as matérias desses tabloides, além dos blogs que agem por motivos escusos, desconheceram o direito de resposta a que Dom Fernando Panico tem direito para salvaguardar sua imagem, como prerrogativa que toda pessoa possui sobre a projeção de sua personalidade, física ou moral, perante a sociedade;
Continuação da Nota da Diocese de Crato (3)
ResponderExcluir4) Acrescente-se que tais matérias foram publicadas sem garantir o direito do contraditório, o que fere a Constituição Federal, a qual garante a proteção do direito à imagem nos incisos V, X e XXVIII de seu artigo 5º, aí incluídos os direitos a imagem-retrato, que decorre da expressão física do indivíduo (inc. X), a imagem-atributo (inc. V), concernente ao conjunto de características pessoais apresentadas pelo sujeito perante a sociedade, e a proteção da imagem como direito do autor;
5) Fica expressamente claro que não existe, e nunca existiu – em nenhuma hipótese – qualquer sentimento de “perseguição” do Sr. Bispo Diocesano de Crato contra qualquer órgão da imprensa regional. Trata-se de outra falácia. Dom Fernando Panico vem sendo a parte ofendida. Nem a Diocese de Crato, nem Dom Fernando jamais ofenderam a quem quer que seja. Tanto a Diocese de Crato, como a sua autoridade maior, sempre respeitaram o direito de a imprensa publicar fatos verdadeiros e aceitam com naturalidade criticas sem problemas ou constrangimentos. No entanto, repudiam a publicação de inverdades e o uso indiscriminado da mídia regional – composta por tabloides que são distribuídos gratuitamente à população – que utilizaram, muitas vezes, suas páginas para agredir, humilhar, e denegrir a reputação de uma Instituição Secular e de seu líder regional;
6) O Bispo Diocesano de Crato, Dom Fernando Panico, confia plenamente no julgamento imparcial do Poder Judiciário. E reafirma que todas as acusações que lhe foram assacadas, ao longo dos últimos anos, são mentirosas e infundadas. Assim, serenamente aguarda o desenrolar das apurações no tocante às aleivosias injuriosas, caluniosas e difamatórias que lhe foram assacadas, na certeza de que, ao fim e ao cabo, prevalecerá a verdade, límpida e cristalina, realçando os atributos morais de que é possuidor o Exmo. E Revmo. Sr. Bispo Diocesano de Crato.
A Assessoria de Imprensa da Diocese de Crato.
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