Presidente do Icasa, Paes de Lima, no uso da Tribuna. Foto Adriano Duarte / Agência Miséria.
O presidente do Icasa, Francisco Paes de
Lira, foi à sessão da Câmara, dessa terça-feira (08), para fazer uma prestação
de contas dos recursos recebidos pelo clube e acabou sendo sabatinado pelos
vereadores. Entre poucas defesas e muitas críticas o presidente acabou
desafiando quem teria coragem de assumir o clube.
No uso da tribuna, Paes de Lima iniciou
fazendo um relato do seu histórico de cerca de 25 anos dentro do clube e das
dificuldades encontradas para manter um time profissional no interior. Ele
disse que o Icasa virou um time grande, mas com receita pequena. Disse que o
problema do Icasa é financeiro.
Sobras às ameaças de morte, divulgadas nas
redes sociais, nos últimos dias, Paes de Lira disse que ele e sua família ficaram
assustados e que já tomou providencias registrando Boletim de Ocorrência.
Com a palavra facultada aos vereadores, o
presidente foi questionado sobre os repasses feitos pelos governos Municipal e
Estadual; se o cargo de presidente é remunerado; e por fim, se a coisa é tão
ruim porque ele ainda permanece à frente do Clube. O vereador Zé Ivan Leiteiro
(PTdoB), autor do convite ao presidente, disse que ele deveria se afastar, pois
futebol profissional é para quem tem dinheiro.
Durante o confronto de argumentos, o vereador
Darlan Lôbo (PMDB), observou conhecer a realidade do Icasa e que o futebol
juazeirense dá prejuízo. Em contraponto, o vereador Cláudio Luz (PT), disse que
o futebol brasileiro é para dar lucro, o problema seriam a más gestões. Para
Cláudio, além de transparência falta capacidade de arrecadar.
Sobre as perguntas, Paes de Lira, respondeu
que as prestações de contas foram feitas junto aos entes patrocinadores
(Prefeitura e Governo do Estado). Sobre sair do comendo do clube, o presidente
disse que não renuncia para não deixar o time à deriva. Paes de Lira garantiu
não receber salário e que a situação em que chegou o time foi ocasionada por
uma série de fatores e ele não é o único culpado.
Na verdade, de prestação de contas mesmo, o
presidente falou apenas de uma dívida de R$ 7 milhões em causas trabalhistas e
outra de R$ 800 mil com a Coelce. Em contrapartida disse ter uma ação judicial
contra a CPF no valor de R$ 32 milhões.
CPI
da Coelce
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