terça-feira, 25 de outubro de 2011

Comunistas na zona de tiro


Parece que o PCdoB virou mesmo alvo de críticas de tudo que é lado e, até, de quem não esperava. Agora quem bate duro na legenda é Anita Prestes, filha de Luís Carlos Prestes e Olga Benário Prestes.

Isso mesmo, o inferno astral do PC do B parece não ter fim. Após a veiculação do programa do partido, que utilizou as imagens de Prestes e Olga, a filha do casal, Anita Prestes, mandou carta à direção do PCdoB protestando contra a “utilização indébita” da imagem de seus pais.

Na carta ela se disse indignada com a direção do PCdoB por utilização indébita da imagem dos meus pais. Para ela, a imagem ligada a um partido suspeito de corrupção compromete a trajetória revolucionária dos meus pais.

Anita lembra ainda na carta que, durante os últimos dez anos de vida, Preste denunciou repetidamente o oportunismo tanto do PCdoB quanto do PCB, caracterizando a política reformista e de traição da classe operária.

Olha, questões político-pessoais a parte, a verdade é que vez por outra vemos os partidos de esquerda lançando mão de figuras que se notabilizaram pelas lutas sociais, principalmente à liberdade e a garantia de direitos. Agora imaginem se os herdeiros de Che Guevara, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e outros resolvessem fazer o mesmo? Teriam que comprar uma carreta de papel por mês para tantas cartas.

Acho que as figuras de Prestes e Olga, estarão sempre ligadas a luta das classes em prol dos menos favorecidos e não será uma propaganda partidária que vai apagar isso. Eles se tornaram ícones para os mais jovens e exemplo para os mais velhos. E infelizmente não temos figuras tão relevantes para as lutas, claro com raríssimas exceções, para nos guiarmos, por isso acho até que a filha tem direito de se manifestar contra o uso das imagens pelo partido que, vale salientar, ele ajudou a criar, mas evitar será muito difícil.

Então, até que criemos novos heróis para a nossa geração, teremos que recorrer aos mais antigos. Ou seja, continuaremos sentindo saudades do que não vivemos.

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