quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Câmara de Juazeiro defende guarda municipal armada

Grande parte dos vereadores da Câmara de Juazeiro do Norte, durante sessão ordinária dessa terça-feira (18), defendeu maior atenção, aos profissionais da Guarda Civil Metropolitana. O debate foi levantado ao plenário pelo vereador Normando Sóracles (PSL), durante pronunciamento sobre a atual situação do efetivo.

Segundo Normando a situação é de abandono da corporação que tanto é necessária a segurança pública de Juazeiro. “Há um ano que os guardas não recebem fardamentos e os atuais não tem, sequer, identificação de tipo sanguíneo,” denunciou Normando.

O vereador destacou ainda a situação de vulnerabilidade que trabalham alguns guardas. Normando citou áreas de risco e sugeriu novos equipamentos como colete a prova de bala e o uso de arma de fogo. “Existem casos de guardas que trabalham armados e não está errado. Eles têm medo e estão defendendo suas vidas. Primeiro a vida, depois a lei,” disse Normando.

O vereador Cláudio Luz (PT) observou que nos grandes municípios a guarda municipal tem um papel ativo na segurança pública. “O guarda faz a segurança do patrimônio e do cidadão. Ela precisa ter meios para agir. Por isso, necessitam estar melhor equipados com armas não letais, mais viaturas, rádios comunicação e, uma parte, com porte de arma de fogo” ressaltou o vereador.

Para o vereador Gledson Bezerra (PTB) a discussão em torno das guardas deve alcançar o nível federal. “É preciso dar uma nova roupagem as competências das guardas municipais. Na questão local, estamos deixando de fazer o mínimo possível. A lei já permite, mas aqui não é dado, sequer, o treinamento para que o guarda se arme para combater uma situação de risco,” disse Gledson.

O presidente da Câmara, vereador Capitão Vieira Neto (PTN), disse ser defensor do uso da arma de fogo pelos guardas. “Entendemos que a segurança pública é dever do Estado, mas a responsabilidade é de todos. E o Poder Executivo municipal terá que ajudar a fazer essa segurança,” disse o presidente. Capitão Vieira destacou apenas o trabalho criterioso de treinamento que deve passar a guarda para o uso da arma.

Outros debates

Outros assuntos discutidos na Câmara, durante a sessão, foram a situação do município depois das fortes chuvas e a insistência da Coelce em não aceitar convite da Casa para falar sobre a taxa de iluminação pública.

Sobre os estragos nas vias da cidade depois das chuvas, o presidente da Câmara, vereador Capitão Vieira, fez requerimento solicitando a presença do secretário de Infraestrutura, Akiro Menezes, para falar sobre o plano de recuperação das vias e limpezas de canais.

O vereador Cláudio Luz citou casos de ruas destruídas e casas invadidas pelas águas em consequência de canais e bueiros entupidos. Já o vereador Alberto da Costa (PT), criticou a falta de planejamento do município que, segundo ele, não se preparou para as chuvas. “Uma chuva de cerca de 50 milímetros fez o estrago que fez, imagine se chover de verdade. A cidade vai a baixo,” disse Alberto.

Sobre a taxa de iluminação pública, o vereador Normando cobrou mais uma vez respostas da prefeitura e da Coelce. Segundo ele, mais uma vez a Câmara ficou sem resposta de um requerimento aprovado em plenário. “Queremos saber quais os critérios e quanto está sendo arrecadado com a taxa. Continuamos pagando uma taxa de iluminação pública imoral,” desabafou Normando.

O vereador Normando finalizou dizendo que deve procurar o Ministério Público para fazer a denúncia e pedir respeito ao Poder Legislativo e aos usuários juazeirenses.

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