terça-feira, 25 de outubro de 2016

Brasília reage aos métodos da PF e da Lava Jato

Personalidades importantes da política e da justiça, em Brasília, acabaram saindo de cima do muro e dispararam fortes criticas aos métodos usados pela Polícia Federal (PF) e pela operação Lava Jato. Entre os políticos, com queixa da PF, está o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Em entrevista coletiva nessa segunda-feira, 24, Renan disse que a operação que prendeu quatro policiais legislativos usou de “métodos facistas”, jamais vistos nem na ditadura militar. O presidente anunciou que a Advocacia do Senado deve entrar nesta terça-feira, 25, com ação no Superior Tribunal Federal (STF) pedindo que seja respeitada as prerrogativas da polícia legislativa.

O presidente do Senado chamou o ministro da Justiça, Alexandre Morais, de “chefete de polícia”, e qualificou o juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela operação, de juizeco, por ter decretar uma ordem contra o Senado.


Outro que disparou foi o líder do governo, senador Aluizio Nunes (PSDB-SP). Ao falar sobre o projeto que tipifica abusos de autoridade, Nunes disse que o juiz Sergio Moro, que se acha o superego da República, tem que dizer quais artigos do projeto da lei do Abuso do Poder (quando ficar pronto), impedem a ação da Justiça. Moro já afirmou que esse projeto representa um golpe na magistratura


Mais comedido nas criticas, o ministro do STF, Gilmar Mendes, disse nessa segunda-feira, 24, em São Paulo, que as prisões preventivas feitas pela operação Lava Jato, estão cercadas de “excessos”. Ele avaliou que é preciso “estabelecer limites” para as prisões que ocorrem na operação.

Mendes citou a concessão de habeas corpus como parâmetro para seu argumento e disse que as atitudes necessitam ser discutidas no Tribunal Regional Federal (TRF), no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo. Perguntado se a Lava Jato não estaria promovendo um estado de exceção direito no país, como avaliam alguns juízes, Mendes voltou a dizer que vê apenas exageros.

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