A
disputa nos bastidores
Enquanto para os eleitores do
Cariri a disputa do segundo turno ao Governo do Estado segue a passos lentos,
nos bastidores, ela é bem mais acirrada e pode mudar o rumo da votação.
Prefeitos dos dois lados estão recebendo, além de pressão, convites para
trocarem de posição. Mas eles estão certos na avaliação e não aceitam as
propostas. O mesmo não se pode dizer de outras lideranças como vereadores,
deputados e suplentes. A grande maioria dessas conversas continuará nos
bastidores, até o resultado final. Quem muda de lado, nessas alturas, prefere,
como se diz, apenas baixar o ‘trem de pouso’. É o famoso ‘fazer corpo mole’. Na
última semana, houve, pelo menos, uma dúzia dessas conversas. Se elas darão
resultado, só o fim do dia 26 nos dirá. Vamos aguardar!
E por
falar em resultado...
Na última semana, esta coluna
recebeu uma verdadeira enxurrada de análises sobre o resultado das eleições em
vários municípios da região. A totalidade dos reclames foi de políticos que se
sentiram diminuídos na sua atuação, ou do grupo que representam. Em Missão
Velha, o jovem vereador Diego Feitosa nos enviou mensagem ressaltando que,
juntos, os cinco grupos de oposição ao prefeito Tardiny tiveram 7.254 votos
para deputado estadual. Isso mesmo. Foram cinco candidatos diferentes, entre
eles Wellington e Vasques Landim. Realmente, isso mostra o grau de união da
oposição missãovelhense. Agora, para melhorar o entendimento junto à população,
é bom o vereador Diego andar com uma calculadora para explicar detalhadamente
ao eleitor. Vale salientar, a população entende, apenas, que a candidata do
prefeito, insisto, a desconhecida Raquel Marques, levou 5.800 votos e foi a
mais votada no município. Faltou, ainda, o vereador Diego dizer de que lado
ficou, já que ele não se incluiu em nenhum dos cinco grupos da oposição. Isso é
fato!
Os fortes em Missão Velha
É bom deixar claro que baseado na análise do vereador Diego Feitosa, é
fácil afirmar que o ex-prefeito Washington Fechine, também, foi um grande
vencedor na disputa. Se não vejamos: enfrentar uma máquina bem arrumada e uma
oposição esfacelada, conseguir 3.596 votos para o seu candidato, foi um feito
notável. O resultado, inclusive, credencia Washington para a disputa de 2016. Já
entre os vereadores quem se saiu melhor foi o parlamentar Macedinho. Ele,
sozinho, transferiu 694 votos ao, também, desconhecido Joaquim Noronha. Quanto
a analise sobre os votos de Camilo e Eunício, para o vereador, não serve de
parâmetro para definição de força na esfera local. Então, tudo bem! Vamos
esperar o 2º turno que, segundo essa análise do vereador, não avaliará nada, ou
seja, ninguém fará força.
A difícil análise de Jardim
Não menos insatisfeito com a análise desse colunista para a difícil
situação de Jardim, ficou o ex-deputado Giovanni Sampaio. Além dos velhos
argumentos de se dividir para multiplicar, Giovanni colocou a difícil situação
financeira como motivador da divisão. Segundo o ex-deputado a oposição, somando
os quatro candidatos, conseguiu 5.061 votos, enquanto que a prefeita transferiu
ao seu candidato Wellington Landim 4.315 votos. É bom o ex-deputado, também,
comprar uma calculadora. Mas, o detalhe que chama na argumentação de Giovanni
Sampaio é que a prefeita foi votada por 8.600 eleitores e não conseguiu
transferir, sequer, a metade ao seu candidato. Giovanni garante que apesar de
votar no mesmo candidato ao governo (Camilo Santana), não se uniu a prefeita.
Tanto que, segundo ele, Camilo não foi à cidade para não privilegiar nenhum dos
grupos e mantê-los cada um em seu lugar.
Jardim com as cartas na mesa
O período pós-eleições em Jardim vai trazer mais que uma ressaca
eleitoral aos que fizeram força para seus candidatos. Ele trará, também, uma
grande ressaca moral aos petistas locais. É que depois de passar uma vida desaprovando
os métodos do grupo Luz (Fernando e Analeda), o ex-candidato a prefeito Júnior
Coutinho e a sua irmã, a vereadora Donizete, devem assumir a postura de aliados
de Fernando Luz. A oposição que contava com maioria de um voto na Câmara ficará
em desvantagem. Segundo Giovanni Sampaio a “traição” é favas contadas. Júnior
sonha com a indicação de seu nome a prefeitura, já que, na oposição não terá nenhuma
chance. Ou seja, as cartas começam a se definir na mesa. É esperar!
O alto preço da traição
A traição petista em Jardim teve, ainda, conseqüências que vão além da
política. Na verdade, o que aconteceu deve ser avaliada como degradação moral. Até
pode parecer, não é brincadeira. Depois de noticiada entre a oposição a decisão
do petista em se agregar ao grupo de Fernando Luz, o líder petista na cidade de
Jardim, Júnior Coutinho, foi esbofeteado por Valter Roriz, irmão do vereador
Pequim Roriz. Apesar do clima quente Júnior não reagiu. Apanhou calado e sem
defesa. A humilhação aconteceu na comunidade da Serra Grande e foi presenciada
por várias pessoas, inclusive, por Giovanni Sampaio que confirmou a história.
Como a história vai terminar é difícil prever, mas é bom as autoridades policiais
acalmarem os ânimos para não prejudicar o bom debate político.
Enquanto isso...
... Os
professores de Nova Olinda estão em greve. A paralisação, que já perdura por
semanas, deixa milhares de alunos sem aula e a prefeitura, ainda, não chamou a
categoria para negociar. Para piorar o quadro, a secretária de Educação do
Município, Vanda Sampaio, pediu exoneração do cargo. Falta boa vontade do
Município!
... O
prefeito de Antonina do Norte, Antônio Filho, garantiu que fez sua parte em
favor do candidato derrotado Sineval Roque, seu atual padrinho político.
Antônio Filho transferiu 1.311 votos ao candidato que foi o mais votado no
Município. Pelo que se comenta na cidade, Sineval Roque deve perder a liderança
local com a derrota.
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