Cariri não terá
secretário
O anúncio do secretariado do
governo Camilo Santana trouxe a confirmação de que nenhum nome atuante na política
do Cariri fará parte do primeiro escalão. Com a constatação do que previam as
especulações, as lideranças políticas locais se perguntam qual o prestígio que
o Cariri terá nesse governo. O argumento de que o governador é do Cariri não
convenceu nem aos políticos, nem ao povo que levou Camilo, com mais de 200 mil
votos de maioria, ao comando do Palácio da Abolição. Aos três nomes nascidos no
Cariri, os cratenses Josbertini Clementino, na Secretaria de Desenvolvimento
Social, Hugo Figueiredo, na Secretaria de Planejamento e Gestão, e Alexandre
Landim, da Casa Civil, vale um voto de confiança para fazer valer o peso da
identidade caririense. Apesar de não terem histórico na política regional, ao
assumir seus cargos no secretariado de Camilo Santana, nada impede que os
gestores voltem suas atenções para os seus conterrâneos. De qualquer forma, o
povo do Cariri merece uma resposta.
O preço pago
pelo Cariri
Até que ponto foi positivo para
o Cariri ter o governador vindo das suas bases políticas? Essa será uma pergunta
inevitável nos meios políticos e sociais, nos próximos dias. Camilo assume o
comando do Estado, como o primeiro governador eleito do Cariri, mas inicia sua tarefa
com a dura missão de mostrar à região que valeu a pena a confiança
incondicional. O preço pago pelo Cariri, ao escolher Camilo como seu
governador, não pode passar pela possibilidade do abandono político. Não ter
nenhum nome militando atualmente na política do Cariri é, sem dúvida, um balde
de água fria nas expectativas da população. Mas, claro que isso não quer dizer
que Camilo não olhará para o Cariri, mesmo deixando uma ponta de desconfiança.
Apesar do novo governador ainda não ter falado sobre o assunto, interlocutores
com proximidade garantem que o Cariri será recompensado.
Quem terá
prestígio no governo
A região do Cariri terá suas
lideranças prestigiadas politicamente. Além do empresário Rafael Branco, que
pode ser confirmado como secretário executivo da Casa Civil, ainda nos
primeiros dias do Governo Camilo, os nomes de Giovanni Sampaio, Fernando
Santana e Gilmar Bender devem abrir portas no Palácio Abolição. Eles estiveram à
frente de muitas articulações, cada um dentro da sua área, na campanha do
petista Camilo. Quem mais perdeu força durante o pleito estadual foi o
secretário executivo da Secretaria das Cidades do Estado, o engenheiro Magno
Coelho. Sem uma função pré-determinada, acabou sendo engolido pelas ações
paralelas. Apesar disso, Magno deve ter uma linha direta com o governador.
Claro que, durante a escalada do governo, as coisas podem mudar e muita gente
pode ascender.
O que querem os
influentes
É difícil prever o que querem os
influentes em troca da dedicação e fidelidade. Mas, como as especulações já
tomam conta das ruas, vamos a elas: Rafael Branco é citado como possível candidato
a deputado estadual ou federal. O seu desempenho como segundo homem da Casa
Civil deve ser fundamental. Fernando Santana, apesar de especulado como possível
candidato a prefeito de Barbalha, quer mesmo é ser deputado estadual. Pode
nascer uma dobradinha com Rafael Branco. Giovanni Sampaio não esconde a vontade
de ser prefeito de Juazeiro do Norte. Terá que se articular com o PT local, o
que, vale salientar, é uma tarefa das mais difíceis. Gilmar Bender desejou ser
prefeito, mas desistiu. Já se sente contemplado: é amigo do governador. Se eles
conseguirão o que querem, só o tempo e seus desempenhos dirão.
O comentário que
varreu Juazeiro
O comentário de que o prefeito
Raimundo Macedo estaria prestes a pedir uma licença de 180 dias da Prefeitura
varreu o Juazeiro, na última semana, e acabou causando um grande transtorno à
administração. Mas, na verdade, tudo foi baseado na máxima do “onde há fumaça,
há fogo”. Motivou a especulação a reunião entre os promotores do Ministério Público
do Estado Silderlanio do Nascimento e Lucas Azevedo com um juiz local, no Fórum
de Juazeiro, na noite da decisão que derrubou a votação dos R$ 22 milhões,
seguida de outra reunião, no dia seguinte, entre o prefeito, o vice Luis Ivan e
outros poucos da extrema confiança. O líder do prefeito na Câmara, Nivaldo
Cabral, garantiu que a reunião foi para pensar o novo organograma da
administração. Outro nome da gestão garante que o organograma já estava pronto
há dias.
Rommel não quer
ser prefeito
Motivada pelo fortalecimento do
PT estadual com a eleição de Camilo Santana ao Governo do Estado, a oposição de
Barbalha já começa a discutir a sucessão de 2016. A novidade da discussão é que
o nome mais cotado para enfrentar a difícil disputa que virá pela frente é do
ex-prefeito Rommel Feijó. Segundo alguns membros da oposição, Rommel é o único
com capacidade de agregar todos contra o rolo compressor petista que promete varrer
a campanha municipal em Barbalha. O ex-prefeito, apesar de ouvir atentamente as
análises e previsões, não se manifesta sobre o assunto e, quando fala, não
esconde o desejo de renovação na política barbalhense. O problema é que muitos
acreditam que a disputa interna entre o vereador Rildo Teles e o ex-candidato a
prefeito Argemiro Sampaio pode empurrá-lo para a disputa. Rildo e Argemiro
garantem que não há embate e que estão trabalhando para fortalecer o grupo. A
questão é se Rommel suporta a pressão.
Raimundão
procura um líder
Com a eleição do vereador
Nivaldo Cabral para a mesa diretora da Câmara de Juazeiro, o prefeito Raimundo
Macedo iniciou a busca por um novo líder. Na lista já figuram alguns nomes como
Adauto Araújo, Capitão Vieira Neto e Ronnas Motos. Adauto e Ronnas já foram
lideres do ex-prefeito Manoel Santana e sabem bem como enfrentar as
turbulências que a Câmara pode proporcionar em uma administração cercada de
polêmicas. Já Capitão Vieira pode ser alçado à função pela fidelidade ao
prefeito. Mesmo “abandonado”, ele se manteve na base de Raimundão. Quanto a
Nivaldo Cabral, muitos acreditam que sua eleição para membro da mesa foi a única
forma que ele encontrou para deixar a liderança. Nivaldo já tinha tentado
entregar o cargo por várias vezes, mas sempre era desencorajado.
Disse me disse..
Para a maioria dos analistas
políticos da região do Cariri, a surpresa na escolha do secretariado de Camilo
Santana foi a ausência dos nomes de Fernando Santana e Eudoro Santana na lista.
O que pouca gente sabe é
que a ausência de Fernando e Eudoro Santana foi motivada pela ligação de
parentesco. Camilo teria dito que não concorda com a prática do nepotismo na
gestão pública.
Em Barbalha, a eleição de
Camilo acabou motivando muitas pretensões dentro do PT local. O nome mais
comentado na atualidade é do engenheiro Magno Coelho. Ele se dá bem com o
partido e tem a confiança de Camilo.
Longe de ser o único nome
petista na disputa para 2016, Magno Coelho deve enfrentar a ascensão do
advogado conhecido como Zé Lair.
Outro que
desponta como
opção petista à disputa de 2016 é o secretário de Esportes,
Jorge Luiz, conhecido como
Bacurau. Nesse caso, já há um grupo trabalhando.
Em Juazeiro, foram muitas as
pretensões frustradas, antes mesmo de começarem as articulações para as eleições
municipais. Que o diga o empresário Gilmar Bender e o deputado federal Manoel
Salviano.
Já Manoel
Salviano, tentou
reaver o comando do PSDB juazeirense. Na conversa com Tasso Jereissati, o
deputado acabou ouvindo o que não queria. O partido seguirá outro rumo e
Salviano não faz parte do plano.
No Crato, o prefeito
Ronaldo Mattos comemora o posto de melhor ornamentação de Natal da região do
Cariri. O diferencial foi o presépio gigante em um dos trechos da nova Encosta
do Seminário.
O novo
presidente da
Câmara do Crato, vereador Pedro Alagoano, já anunciou seu apoio à administração
Ronaldo Mattos. Pedro disse que a hora é de união.
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