quarta-feira, 13 de junho de 2012

Câmara de Juazeiro ainda não tem definição sobre número de vereadores para 2013

Os vereadores de Juazeiro do Norte, reunidos em sessão ordinária, ontem (12), aprovaram em primeiro turno os dois projetos que tratam do número de vereadores para 2013. Foram aprovados os projetos que pedem 14 e 21 vagas, de autoria do vereador Ronaldo Lira (PMDB) e professor Antônio (PCdoB), respectivamente. O projeto que propunha 17 vagas foi retirado pelo autor, vereador Adauto Araujo (PSC). As duas emendas foram aprovadas por unanimidade.

O vereador professor Antônio, autor da proposta de 21 vagas, destacou que apesar de ter votado nas duas propostas, sempre defendeu 21 cadeiras. “Votei, também, na proposta de 14 em respeito ao colega Ronaldo. A arte de fazer política é saber dialogar. Mas, aposto no bom senso que terá essa casa aprovando a proposta de 21,” disse.

O vereador Gledson Bezerra (PTB), vice-presidente da Câmara, reafirmou seu posicionamento pela proposta de 21 vereadores. “Meu posicionamento é pela maior representatividade, apesar de não fazer a defesa com tanta veemência e vou aceitar qualquer que seja a decisão do plenário,” disse.

O presidente da casa, vereador José de Amélia Júnior (PSL), destacou que ainda não há consenso e por isso passaram as duas emendas. “O que falta, na realidade, é um consenso de, pelo menos, 10 vereadores para votar. Como não há este consenso, teremos até o dia 30 para construí-lo,” disse.

As duas emendas devem cumprir um prazo legal de 10 dias de interstício, devendo ser votadas, em segundo turno, entre os dias 22 e 30 deste mês.

O que está imperando

Na verdade, foi feito um acordo de bancada para não se perder os prazos. E, por isso, passaram ambos os projetos. Há uma forte tendência para 21 vagas, mas, até ontem, ainda não existia um acordo fechado. É preciso 10 votos e, em segundo turno, cada vereador só poderá votar em uma proposta. Ou seja, é preciso 2/3 e o presidente não vota.

Apesar da tendência pelos 21, pode acontecer uma surpresa. O problema é que existe um forte tensionamento entre pré-candidatos e vereadores eleitos. Os pré-candidatos querem a aprovação das 21 cadeiras, o que aumentaria as chances de eleição. Mas, esses mesmos pré-candidatos resistem em fazer coligação com os vereadores candidatos a reeleição. Ou seja, se houver coligação passa a emenda de 21, mas se não houver deve passar 14 vagas.

Certo mesmo nesse cabo de guerra instalado no processo, é que se não houver consenso deve prevalecer a decisão da justiça que reconhece 21 vagas. Agora, difícil é acreditar que os vereadores não irão se unir no final.

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