terça-feira, 12 de junho de 2012

PSB terá candidatura própria na capital

As executivas estadual e municipal do PSB se reuniram ontem (11), é decidiram que o partido terá candidatura própria. O encontro dos dirigentes não apontou quem será o nome do partido que estará a frente da disputa, mas, segundo o governador Cid Gomes, a indicação deve ficar entre o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cláudio, o ex-secretario especial da Copa, Ferrúcio Feitosa, e o vereador Salmito Filho.

A reunião que aconteceu em um hotel de Fortaleza teve como principal ponto de pauta o apoio ao PT de Luizianne Lins ou candidatura própria. Venceu a segunda opção. Dessa forma a legenda descarta qualquer possibilidade de apoio ao pré-candidato da prefeita Luizianne Lins, Elmano de Freitas.

A reunião definiu ainda o dia 24 de junho para a realização da Convenção Municipal para escolher o candidato do partido.

Quem ganha com o rompimento?

Que haveria rompimento, não tínhamos dúvidas. Resta saber é se a aliança pode emendar num provável segundo turno. Se houver aliança é sinal de que o acordo estadual continua de pé. Mas, se não houver é notório que a quebra se deu em três pedaços e Luizianne jogou o do meio fora. Não encaixa mais.

E se prevalecer esse último caso, perde tanto o PT, quanto o PSB. O PT administra as duas maiores cidade do estado (Fortaleza e Juazeiro) e tem sob seu comando cerca de 30% do eleitorado do Ceará. Nas duas cidades o partido enfrenta dificuldades com as tensões entre as direções das siglas. Se, por acaso, o PT perdê-las, perde mais da metade do seu potencial eleitoral. Fica fragilizado!

No caso do PSB, pode perder a prefeitura da capital como aliada e Sobral deve ficar nas mãos do PT. Sem falar que em 2014 deixa o governo e, caso se confirme o rompimento, pode ficar sem força, sequer, para indicar o sucessor do Cid.

Agora imaginemos um quadro em que PT e PSB percam suas principais bases e a oposição ganhe na capital – o que não seria um devaneio – o PT terá que começar do zero e o PSB deverá voltar ao papel de coadjuvante, já que, Cid Gomes, sua maior liderança no momento, já colocou a possibilidade de não disputar cargo público em 2014.

Agora, não podemos esquecer o PMDB, que pode sair dessa disputa menos aranhado, mas para reorganizar a frente teria que escolher entre PT e PSB, o que, de qualquer forma enfraqueceria nova frente já no seu nascedouro.

Aí, neste cenário, o mais significativo é que com a divisão a oposição pode ganhar a eleição na capital se fortalecendo muito para 2014. Ou seja, a quebra da aliança PT-PSB-PMDB em Fortaleza, pode por fim a era Ferreira Gomes que teve como principal vitória interromper a era Tasso Jereissati. Ou seja, o fim dessa aliança pode ressuscitar lideranças mortas politicamente. É bom pensar melhor!

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