segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

121 deputados querem ser prefeitos


Menos de um ano após tomarem posse, 127 congressistas já planejam trocar de função e disputar, em outubro, uma cadeira de prefeito nas suas cidades. Segundo levantamento feito pelo Jornal Folha de São Paulo, 121 deputados federais e seis senadores, 21% do total de 594 parlamentares, tentam viabilizar seus nomes para o pleito deste ano.

A oficialização das candidaturas ocorre em junho e os congressistas não precisam se licenciar para a disputa. Os parlamentares pré-candidatos levam vantagens como a visibilidade do mandato e a possibilidade de terem, até abril, verba para produzir jornais e vídeos a título de divulgação do mandato.

INFELIZMENTE, essa uma conduta normal na política brasileira. Mas, vamos entender o porquê desse fenômeno. Um deputado ou senador movimenta entre, verbas de gabinete e emendas parlamentares, algo em torno de R$ 10 milhões por ano. Enquanto isso, uma prefeitura de médio porte, como Juazeiro, por exemplo, pode movimentar isso em apenas um mês. Na verdade, o que conta para esses parlamentares é a verba que o cargo proporciona, e não o interesse social.

Agora, estamos diante de uma reforma política que poderia resolver isso. A interferência da sociedade seria importante para se criar um mecanismo para barrar esses caçadores vorazes de recursos. A provável lei poderia, inclusive, não resolver o problema da política brasileira, mas, com certeza, inibiria o político que só pensa no tamanho do poder em suas mãos.

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