segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cuba limita em dez anos a permanência em cargos de poder


O PCC (Partido Comunista de Cuba) aprovou neste domingo, 29, a medida que limita a dez anos o tempo máximo de permanência em cargos do poder. A intenção é promover quadros mais jovens no governo, o que promoveria a viabilização de novas ideias.

Raúl Castro, que assumiu o comando do país depois da saída de seu irmão, Fidel Castro, puxou a discussão em abril do ano passado no Congresso. A decisão deve limitar a dois mandatos de cinco anos os ocupantes dos cargos. O anúncio se dá em meio a uma série de reformas econômicas que visam reativar a frágil economia cubana. O regime já autorizou, por exemplo, a compra e venda de casas, antes proibida na ilha.

A DECISÃO do governo cubano é um tapa de luva nas democracias que a vida inteira criticaram o regime pedindo democracia. Não quero aqui fazer apologia a regimes totalitários, longe disso, mas que a atitude cubana, lança uma grande dúvida sobre nossos regimes democráticos que, na verdade, não passam de ditaduras da maioria, onde apenas uma pequena parcela mais rica da população se apodera do que é público, se ocupando do poder por gerações, como se ele fosse uma propriedade particular que se transfere como herança.

Democracia é participação! É preciso que a sociedade organizada se coloque a frente dessa discussão, pedindo uma reforma política urgente e que traga no seu bojo a garantia de maior participação popular nas esferas do poder, sob pena de sermos deixados para trás por quem enxerga o futuro da democracia com mais eficiência e participação. Achei que jamais iria dizer isso, mas, nesse momento, é preciso ter Cuba como exemplo.

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