quinta-feira, 24 de março de 2011

Na terrinha: reina o sossego


Bem diferente das últimas semanas, nessa, as questões políticas na região do Cariri cearense, estiveram bem mais calmas.

No Crato, o “candidato” petista Marcos Cunha retrocedeu com a agenda. Talvez, pressionado pela afirmação de outro petista, o ex-vereador Dr. Valdetário, em colocar, nos bastidores, seu nome a disposição do partido. Deve ter pesado o fato de Dr. Valdetário ter perdido o último embate interno por apenas 6 votos para o grupo majoritário do PT cratense comandado pelo também ex-vereador Amadeu de Freitas e a atual vereadora Mara Guedes.

No Juazeiro, os dois candidatos apressados Arnon Bezerra e o Alcimar Monteiro, após quinze dias de intensas aparições nos meios de comunicação, deram um descanso ao povo. Parece que tomaram um avião e foram cuidar de suas vidas, que a muito, estão bem distantes de Juazeiro, a não ser nos momentos de interesses. Acredito que alguém com cabeça os aconselhou bem no pé do ouvido dizendo: e aí, tu quer ser coelho de maratona é? Pra quem não sabe o coelho, na maratona, é aquele que parte bem na frente, mas nunca chega. Serve apenas para ditar o ritimo.

Na Barbalha, as coisas no PT local parecem ter acalmado. Nesta semana não se ouviu mais que o partido terá disputa interna para decidir o próximo candidato. Tanto na Barbalha como no Crato, acredito que as novas posições se deve a visita do deputado federal José Nobre Guimarães e do deputado estadual eleito e Secretário das Cidades Camilo Santana. Eles estiveram em evento realizado pelo Campo Majoritário (grupo de articulação interna do PT), na cidade do Crato no último sábado.

O novo, velho debate sobre a reforma política


Duas decisões na última semana, do Supremo e do Senado, dão o tom da sociedade em ir em frente na reforma política. Quer dizer, da sociedade política. Pois apesar de defender a reforma, não vejo a sociedade, como um todo, muito preocupada com isso. Ou seja, o povo não está nem aí!

Mesmo assim, a Comissão Especial de Reforma Política do Senado aprovou, por unanimidade, o fim das coligações proporcionais. Ainda falta decidir sobre que sistema. Eles estão entre o voto proporcional em lista fechada, voto distrital misto com lista fechada ou o chamado distritão. A verdade é que, qualquer que seja a decisão, inibirá a prática das legendas de aluguel, fortalecerá os partidos e diminuirá os custos com campanhas, além de evitar que sejam eleitos candidatos que não têm voto.

Já o Supremo deu um passo atrás, permitindo que assumam os candidatos fichas sujas. A decisão por 6 votos a 5, foi apertada e decidida com a argumentação de que é preciso respeitar a constituição que determina que as decisões devam ser tomadas um ano antes, o que não foi o caso. Cabe a analise de que a constituição não pode se sobrepor aos desejos da sociedade, afinal ela existe para que nossos direitos e desejos por justiça sejam assegurados. É hora de mudar a constituição e reformar o Supremo.

Obama no Brasil: Não avançamos em nada


O presidente americano Barack Obama, em visita ao Brasil, fez um grande esforço para ser o mais amigável e descontraído possível. O comportamento é estratégico. Faz parte de uma jogada de marketing para melhorar a imagem anti americana que tomou conta, não dos países do golfo, mas da America do Sul também. Por trás da imagem de bom moço se esconde um império ávido por poder e disposto a sacrificar qualquer um para alcançar seus objetivos.

Mas o que realmente teve importância na visita foram as negociações sobre parceria comercial e o debate sobre a pretensão do Brasil para uma cadeira permanente na ONU. Há muito o Brasil tem procurados outros parceiros alternativos para seus produtos, desgarrando-se aos poucos da dependência norte americana, isso tem preocupado a maior potência. No campo político tem procurado mais notoriedade na política internacional, o que viria com um acento permanente no conselho de segurança da ONU.

Nesses pontos nada avançou. Continuarão as barreiras aos nossos melhores trunfos comerciais, os produtos agrícolas. Quanto ao desejo de ter mais espaço político na ONU, é claro, com o apoio do governo americano, a resposta foi que o presidente Obama estava, em outras palavras, “simpático” as pretensões do Brasil.

Como assim simpático? Isso é brincadeira! Depois de décadas de exploração e obediência, tudo que ele tem a dizer é está simpático? E o pior é que a maioria dos analistas políticos consideram a afirmação como um bom sinal. Não da para engolir. Nossos analistas têm que repensarem suas visões.

A afirmação sobre uma cadeira permanente na ONU foi bem diferente na Índia, onde Obama foi categórico ao defender que o país tenha tal acento. É aquela velha história: eu sou simpático ao Santos, mas torço mesmo e para o Flamengo.

domingo, 6 de março de 2011

Uma Câmara bem dividida


A reunião da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, da terça-feira, 01, teve alguns fatos bem inusitados. O primeiro ficou por conta da orquestração com idas e vindas dos vereadores de situação, organizados pelo líder do governo Ronaldo de Ronnas Motos, que abandonaram a sessão durante a condução do vive-presidente da mesa vereador Gledson Bezerra, comprometendo o quórum, e retornaram com a chegada do vereador Zé de Amália Júnior, presidente da casa. O outro fato foi a justificativa da falta de paletó, pelo secretário de Saúde do município, para não subir a tribuna e prestar esclarecimentos sobre a falta de informação nas embalagens do protetor solar distribuído aos agentes de endemias.

A questão é a seguinte: será que eles realmente acham que a população acreditou na plena normalidade e acaso desses acontecimentos. É realmente chagada a hora de repensarmos o processo de eleições para a escolha de nossos representantes. Reforma política já!

Dilma no Mais Você: Uma jogada de marketing


A presidenta Dilma Roussef participou na manhã da última terça-feira, 01, do Programa Mais Você da Rede Globo. A apresentadora Ana Maria Braga enfatizou assuntos como câncer e salário mínimo, exaltou a "mulher forte", detalhou o dia a dia no Palácio do Planalto e acompanhou a presidenta na cozinha fazendo um omelete.

A participação, com certeza, deve fazer parte de uma jogada de marketing para amenizar a impressão pouco popular passada por Dilma nos primeiros meses de governo. Ela tem sido considerada uma política de gabinete, bem diferente de seu antecessor e padrinho político Lula.

Ao contrário de Lula, em suas aparições, Dilma estava visivelmente desconfortável, mostrando que realmente, tricotar e cozinhar não são sua praia. O ponto positivo ficou por conta da humanização do cargo mais alto do poder político brasileiro, iniciado no governo do então presidente Lula.