terça-feira, 24 de julho de 2012

Repercute resultado da pesquisa O Povo em Fortaleza


Ainda repercute na imprensa do estado o resultado da pesquisa O Povo/Datafolha, divulgada no domingo (22). Entre os dados obtidos, destaca-se o fato dos candidatos considerados fortes como Roberto Cláudio (PSB) e Elmano de Freitas (PT) serem desconhecidos por 68% dos eleitores.

A pesquisa mostra, ainda, que os mais conhecidos são os mesmos que lideram as intenções de voto. Os dois primeiros colocados, Moroni Torgan (DEM) e Inácio Arruda (PCdoB), são também os mais lembrados entre os fortalezenses – 92% dos eleitores disseram já conhecê-los de alguma forma. O terceiro colocado, Heitor Férrer (PDT), vem em seguida, sendo conhecido por 75% dos eleitores.

Pela mesma razão, Renato Roseno (Psol) também leva vantagem sobre Marcos Cals (PSDB). Os dois têm 6% das intenções de voto, mas Roseno é menos conhecido e, em tese, tem margem maior para crescer, se reverter o “anonimato”.

Lembrando que o Datafolha ouviu 831 eleitores em 18 e 19 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais e a pesquisa está registrada no TRE com o número CE-00004/2012.

O que está dando errado?

A matéria do Jornal O Povo, traz ainda, a informação de que Roberto Cláudio e Elmano de Freitas têm as maiores coligações, as maiores estruturas de campanha e os principais cabos eleitorais do Estado e do Município. Mesmo assim, os candidatos seguem desconhecidos por 68% dos eleitores.

A questão é que as decisões não estão sendo tomadas baseadas em consultas junto a população. O que estamos vendo é a imposição de lideranças que nem sempre têm afinidades com o povo. A população não tem a obrigação de engolir as decisões tomadas dentro dos gabinetes tomadas com base em teimosia e de cunho pessoal. Liderança nasce do seio da população e não das cabeças “brilhante”, de meia dúzia de políticos comprometidos, principalmente, com suas vaidades.

As maiores forças políticas de Fortaleza estão dando uma demonstração de como não se fazer política popular. Elmano nunca foi experimentado nas urnas, é claro que existiria uma dificuldade de emplacar seu nome; Roberto Cláudio entrou no último instante e, apesar de ser deputado, também, é pouco conhecido em Fortaleza.

Quando o povo diz que não conhece, não quer dizer que nunca ouviu falar. Ele quer dizer que não reconhece sua atuação como liderança; como pessoa representante de um projeto político capaz de melhorar a vida da população. Liderança não pode nascer de dentro para fora. Não pode ser imposta. E o problema maior para Cid e Luizianne é descobrir agora, depois da pesquisa que, não basta torna-los conhecidos como pessoas; Cid e Luizianne terão que convencer o povo que seus candidatos são lideranças. A questão é se eles terão tempo para isso.

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