terça-feira, 29 de maio de 2018


Diocese do Crato acusada de desaparecer com R$ 3,2 milhões de loteamento

A Diocese do Crato está sendo acusada de sacar ilegalmente cerca de R$ 3,2 milhões de uma conta destinada a receber valores referentes aos contratos do Loteamento Vila Real II, em Juazeiro do Norte. O empreendimento está sob judice e espera por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A denúncia está sendo formulada pela empresa “FP Construções e Empreendimentos Imobiliários Ltda” proprietária do loteamento, que enfrenta processo em que a Diocese questiona a aquisição da área negociada pela Matriz de Nossa Senhora das Dores em 1998.

A empresa ingressará com ação questionando a legalidade dos saques, antes de uma decisão definitiva da justiça. Segundo a denúncia, os saques teriam sido autorizados pelo bispo emérito do Crato, Dom Fernando Panico, quando ocupava o comando da Igreja no Cariri. A ação será direcionada a Diocese do Crato, hoje, sob o comando do bispo Dom Gilberto Pastana.

O assessor jurídico da FP Empreendimentos, Carlos Milfont, a ilegalidade tem início com a contratação de uma empresa, a “Nogueira Empreendimentos Imobiliários Ltda”, para receber valores dos contratos. “Não existe amparo jurídico, nem decisão judicial dando poder para que a Diocese tomasse a decisão,” disse.

A Diocese foi procurada para falar sobre o caso, mas preferiu se manter em silêncio. Mas o problema para o bispo Gilberto Pastana pode ficar ainda maior. A informação é que a empresa Nogueira Empreendimentos Imobiliários encerrou sua atuação no mercado imobiliário com o fechamento do escritório em Juazeiro do Norte. O proprietário da empresa, Antônio Nogueira, não foi encontrado para falar sobre o caso.

Processo em andamento

A justiça analisa, desde 2012, o questionamento da Diocese do Crato sobre a legalidade na venda da área do loteamento Vila Real II, localizado no bairro São José, em Juazeiro do Norte. A área, pertenceu à herança do Padre Cícero Romão Batista, e foi comprada no ano de 1998 com a anuência do Monsenhor Murilo de Sá Barreto; na época responsável legal pela Matriz de Nossa Senhora das Dores.

(Fonte: Jornal do Cariri).

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