sexta-feira, 25 de maio de 2012

Missão Velha: Ex-prefeito Gidalberto admite dificuldade na aliança PT, PSDB, DEM e PPS

O ex-prefeito de Missão Velha, Gidalberto Pinheiro (PSDB), falou em entrevista ao Jornal da Tempo, Rádio Tempo FM, que existe a possibilidade da aliança entre PT, PSDB, DEM e PPS, ser barrada por determinação do próprio Partido dos Trabalhadores. A resolução que proíbe coligação com os partidos que fazem oposição ao governo federal, foi decidida no último Congresso do partido. Gidalberto disse que o grupo ainda tenta reverter a situação frente ao PT nacional.

Sobre as articulações para as próximas eleições, o ex-prefeito disse que o grupo tenta se qualificar eleitoralmente com outros partidos, para fortalecer a candidatura petista de Tardine Pinheiro. Segundo Gidalberto, o vice poderia vir do DEM, mas com a possibilidade de impedimento da coligação, já está sendo conversado com outros partidos da coligação.

Gidalberto disse que não pretende mais ser candidato e esclareceu que não concorreu a reeleição por motivos de saúde e de desgaste. Mas, destacou que continua fazendo política. Para Gidalberto, ele ainda exercer uma liderança e quer transferir essa liderança para outras pessoas.

Sobre a atual administração de Washington Fechine, o ex-prefeito disse não ter nada dizer, já que, nunca teve acordo com o atual prefeito e, por isso, não tem o que cobrar. “Se tivesse havido acordo, as duas partes teriam que ganhar. Eu teria indicado o vice, ou teria alguma secretaria, ou cargos de confiança, mas não tenho nada,” disse.

Sobre os comentários de que o grupo não teria a cara do PT, Gidalberto disse que realmente não têm a cara do partido, mas a partir do momento que tem amigos foliados ao PT é porque está se identificando com o partido. “O importante é que sempre fui fiel aos partidos que me comprometi”, finalizou.

Eu já sabia

Que o grupo de Gidalberto teria dificuldade em efetivar a aliança entre o PT e os partidos da oposição do governo federal era notório. A decisão já foi tomada pelo PT e visa enfraquecer essas siglas nos municípios que, claro, servem de base para todas outras eleições. A ideia é fazer com que PSDB, DEM e PPS, tenham cada vez menos deputados e senadores em Brasília.

Agora, é claro, que isso não impedirá desses partidos saírem juntos. Para a eleição, o que vale é a lei eleitoral. E o tribunal não reconhece esse tipo de decisão. O que pode acontecer é o partido fazer uma intervenção para dissolver o diretório, respaldado no estatuto do partido.

Recentemente em Jardim, houve a coligação entre o PT e o PSDB, nas eleições suplementares e nada foi feito. O partido relevou e deixou acontecer. Ou seja, na região já foi aberto um precedente. Na decisão uma coisa é questionável: se é para abrir precedentes porque criaram a resolução.

Agora é importante ressaltar que Tardine foi trazido ao PT por intermédio do deputado federal José Guimarães e, por isso, a coligação pode passar. Isso só depende do apoio de Guimarães a tese.

Sobre as últimas eleições em que Gidalberto não concorreu quando, inclusive, podia, não consigo aceitar a explicação. Ele estava com a prefeitura, mas não foi candidato e nem indicou ninguém. Acabou por entregar a eleição de mão beijada. É difícil acreditar que não ouve acordo. Mas, deixa isso para lá e vamos ver o que acontece.

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