sexta-feira, 6 de julho de 2012
Prefeito do Barro é reintegrado ao cargo
O prefeito do Barro, Marquinélio Tavares, cassado pela Câmara Municipal na última segunda-feira (02), retornou hoje (06) ao cargo por força de um mandado de segurança judicial. Marquinélio foi reintegrado como prefeito por determinação do juiz Rômulo Veras Holanda.
A promotora de justiça Efigência Coelho cruz entendeu que houve precipitação do legislativo e acatou o pedido do prefeito para retornar ao cargo. Com isso a justiça anulou a decisão da Comissão Processante do legislativo de Barro e determinou a recondução imediata do prefeito Marquinélio as suas funções.
A ação, movida pelo advogado José Erivaldo de Oliveira, foi acatada pelo juiz que entendeu que todas as ações da Comissão Processante deveriam ser anuladas. Além do prefeito José Marquinélio, vereadores Wilton Leite Diniz e José Elionilton Cabral Feitosa, e mais os secretários municipais José Evandro Tavares e Josilene Dias Tavares, titulares das pastas de Finanças e Educação respectivamente, foram beneficiados com a decisão.
Para o prefeito Marquinélio Tavares, tudo não passa de perseguição política. “Este ano é um ano eleitoral e nossos adversários entraram em desespero. As denúncias são maldosas e infundadas e o povo do Barro sabe de onde partiram”, afirma o prefeito. Marquinélio ressaltou, ainda, que “a justiça entendeu e acabou anulando os atos da comissão Processante”, disse.
O clima na cidade ficou acirrado entre situação e oposição. Assessores do prefeito dizem saber quem foi o autor das informações repassadas a imprensa, em nome da oposição e promete processa-los por danos morais e uso indevido de imagem.
É apenas o começo
Na verdade, essa é uma batalha que está apenas no começo. O importante, nesse caso, é a população saiba separar o que é investigação e o que é perseguição. Em período político é natural esse tipo de artifício.
É claro, que não estamos dizendo que a oposição ou a Comissão Processante, estão erradas. Elas estão fazendo o seu papel quando denunciam casos de corrupção. Agora é importante dizer que às vezes, na vontade de ver a coisa tomar repercussão, acabam cometendo equívocos e, por isso, é preciso muito cuidado nessa época de eleição.
Outra coisa é a ameaça feita pelos envolvidos. Eles dizem que vão processar por danos morais e uso indevido de imagem. Bom, se eles falam da imprensa é melhor eles repensarem. A imprensa apenas cumpre seu papel de informar o fato e os envolvidos. E quanto ao vazamento de informação, isso é importante para que o público conheça por dentro os poderes e suas práticas. É a velha máxima do “quem não deve não teme”.
Agora, uma coisa é certa. Os envolvidos deveriam esquecer quem vazou e quem publicou a notícia e se preocupar mais em explicar ao povo o teor das denuncias. Afinal, nem sempre o entendimento da justiça e acatado como verdade pelo povo.
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