sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Como fica a Câmara de Juazeiro após a batalha do dia 1º


Após a tumultuada eleição da mesa diretora da Câmara de Juazeiro do Norte, que movimentou a opinião pública da cidade, a dúvida mais frequente é como ficará a posição dos vereadores do grupo de oposição e como se rearticularão o grupo da situação.

A primeira luz de como será o posicionamento adotado pelo grupo de oposição é a afirmação, do próprio grupo, de que já está articulada a mesa do segundo biênio (2015-2016). Ou seja, a negociação do governo se limitará a aprovação de projetos e a analise atenta das mensagens do executivo.

Mas é importante destacar que em ambos os grupos existem casos de vereadores com características diferentes da posição que adotam hoje e, isso pode, num futuro, trazer uma nova configuração aos grupos.

Quem pode mudar de lado

É inegável que vereadores como, por exemplo, Tarso Magno (PR), sempre se identificou com a oposição, alias, nos dois mandatos que exerceu se destacou pelo combate a corrupção e a fiscalização criteriosa. No último mandato foi a voz de referencia da oposição, mas agora está no bloco da situação. A pergunta é, até quando?

Se invertermos essa lógica, encontraremos no lado da oposição, por exemplo, o vereador Adauto Araújo (PSC), que sempre teve uma conduta governista em todos os mandatos que exerceu. Adauto, agora está no grupo da oposição e a mesma pergunta é feita: até quando?

É importante ressaltar que esses são apenas dois exemplos, mas em ambos os grupos existem outros casos idênticos.

O saldo da batalha

Os vereadores mais fortalecidos com o resultado da eleição foram sem dúvida Darlan Lobo (PMDB), José de Amélia Júnior (PSL) e Ronaldo Lira/Ronnas Motos (PMDB). Essa, a base do grupo que derrotou o prefeito Raimundo Macedo. Além dos três, o nome de Cláudio Luz, desponta como referencia da oposição no que diz respeito a seriedade.

Por outro lado, os vereadores enfraquecidos com a disputa são Gledson Bezerra (PTB), nome da situação a presidência, e Tarso Magno que, além de ter sido um dos interlocutores da tentativa de manobra no dia da eleição, pode perder o posto de referencia da oposição e mais um no grupo da situação.

Mas, também, é importante lembrar que na política tudo pode mudar com o vento. Basta que os ânimos se acalmem para as cabeças pensantes, possam rever suas posições e atitudes. Ou seja, tudo pode mudar num estalar de dedos.

As frases que marcaram o processo eleitoral

Durante todo o processo, foram muitas as frases que definiram e/ou influenciaram no resultado final da eleição da mesa diretora. Vejamos algumas:

“Não vou ceder à chantagem nem extorsão de qualquer que seja o vereador.” Raimundo Macedo.

“Na minha avaliação a Câmara tem muita gente boa, mas no geral é de zero para baixo.” Raimundo Macedo.

“Eu sou do PMDB e Raimundão não me chamou para conversar. Acho que ele está com sapato alto.” Darlan Lobo.

“Me ofereceram R$ 500 para mudar de lado e eu não aceitei. Quem mudar é traidor e o Ministério Público deve quebrar os sigilos fiscal, telefônico e bancário para rastrear o dinheiro.” Darlan Lobo.

“Eu tenho dez votos e estou entregando a você Cláudio Luz para que essa casa tenha uma gestão moralizadora.” Gledson Bezerra.

“Não posso voltar atrás na minha palavra em todos os compromissos de campanha assumidos com meus colegas, ainda mais por jogada eleitoreira de última hora.” Cláudio Luz.

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