segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Reforma Política: proposta quer unificar as eleições
Nos últimos 17 anos, uma série de propostas de emenda à constituição (PEC) foram apresentadas, tanto na Câmara, quanto no Senado, com o objetivo de unificar a data das eleições para presidente, governador, prefeito, vereadores, deputados e senadores. Embora as propostas prevejam redução dos custos do processo eleitoral e também maior transparência ao eleitor, a sugestão, assim como muitas outras relacionadas à Reforma Política que permanece sem qualquer decisão definitiva no Congresso Nacional.
No mês passado, a ideia de unificar os pleitos no Brasil foi novamente sugerida pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). Na Câmara dos Deputados, pelo menos cinco outros projetos com o mesmo intuito foram apresentados desde 1995, mas continuam sem resolução. Parlamentares cearenses acreditam na eficiência de realizar um único pleito para todos os cargos eletivos, defendendo que interesses de políticos e de partidos sejam postos de lado para viabilizar pontos urgentes da Reforma Política. Para eles, a questão deve ser priorizada neste ano.
Falta atenção
Na verdade, os parlamentares priorizam tudo menos as reformas de que País precisa. A política é apenas uma delas. Talvez, porque ela mexe diretamente com os interesses dos políticos que devem discuti-las.
No caso da unificação é notório que, num geral, será benéfica. Hoje, a cada dois anos, temos seis meses de trabalho no congresso prejudicados por processos eleitorais, sejam municipais (vereadores e prefeitos) ou gerais (deputados, senadores, governadores e presidente).
Ou seja, em cada 4 anos perdemos 1 entre articulações, candidaturas e apoios. Isso sem falar dos mandatos que ficam pela metade, quando parlamentares eleitos deixam os cargos para assumirem prefeituras. Claro, geralmente, motivados pelo maior volume de recursos proporcionados pelas máquinas municipais. São deputados que assumem os mandatos somente para não ficarem sem cargos, já que, fizeram da política suas profissões e depois deixam o povo com a cara no chão.
Mas, o prejuízo financeiro é o de menos. Pensar em economizar em uma situação que deve dificultar em muito a participação da população é, realmente, não pensar no bem estar do povo. E aí o fator negativo. Imagine que com a aprovação da medida, o eleitor vai passar a votar em 8 cargos. Com certeza, inicialmente, teremos um crescimento das abstenções, além de votos brancos e nulos; não pela vontade ou por protesto, mas, pela dificuldade com o tempo e a inabilidade com o equipamento.
A reforma tem pontos positivos e negativos, agora, resta ao Congresso debater entre si e com a população para aprovar o que seja melhor ao País sem esquecer seu povo. Na verdade, tudo é válido, menos não discutir e aprovar a reforma.
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