sábado, 24 de janeiro de 2015

25 DE JANEIRO: Dia Iinternacional das Pessoas Atingidas pela Hanseníase

A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen: um bacilo que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.

Tem o mais longo período de incubação que varia entre 03 meses e 05 anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.

Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não a desenvolve. Aproximadamente 95% dos bacilos são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. O tratamento é de 06 meses a 01 ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessários.

No Brasil, são mais de 30 mil novos casos todos os anos, segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, nosso país é líder mundial em prevalência da hanseníase.  
No ultimo domingo do mês de janeiro é comemorado o dia Intencional das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, nesse ano de 2015 será dia 25.

ALERTA:

Ao perceber manchas na pele, esbranquiçadas ou avermelhadas com diminuição ou perda de sensibilidade, procure um posto de saúde mais próximo de sua casa, o tratamento é gratuito e os remédios são de graça, a Hanseníase tem cura!

ULTIMO DOMINGO DE JANEIRO DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS ATINGIDAS PELA HANSENÍASE.. ENTENDAM POR QUE!

Raoul Follereau, o amigo das pessoas atingidas pela hanseníase

Raoul Follereau nasceu a 17 de Agosto de 1903, em Nevers, França, numa família de industriais. Jovem jornalista e poeta, anti-nazi e defensor de uma França livre, viu-se perseguido, como tantos outros, pela polícia militar nazi.

Em 1936, tinha então 33 anos, Follereau toma contato com os doentes durante um safari em África. A partir desse momento, a sua vida mudou. No entanto, não foi fácil começar a manifestar essa amizade pelos pacientes e a curá-los, pois logo surgiu a II Guerra Mundial e teve de se esconder num convento de religiosas em Lyon, onde fazia de jardineiro, embora não soubesse nada de jardinagem.

Um dia, a Madre Maria Eugénia, superiora do convento, visitou uma ilha que retinha doentes na Costa do Marfim e, impressionada com o que acabava de ver, pensou em construir uma pequena cidade, onde as pessoas afetadas pela doença pudessem viver e ser curados. Mas era preciso dinheiro. Então Raoul disse à religiosa: «Avance com o projeto, que no dinheiro penso eu».

Decidiu percorrer o mundo inteiro a fazer conferências para sensibilizar as pessoas para o problema da hanseníase. O sonho das religiosas tornou-se realidade. Em 1953 era inaugurada em Adzopé uma cidade onde os doentes podiam ser tratados e curados. Quando Raoul se aproximava dos pacientes, estes ficavam inicialmente um pouco desconfiados. Mas depois compreendiam que era apenas o amor dele que o levava junto deles. Então gritavam de alegria: “Pai Raoul”.

Durante as suas viagens, contou sempre com o apoio da sua mulher Madalena, para construir aquilo a que ele chamava “ A civilização do Amor”. Raoul Follereau morreu, em Paris, a 16 de Dezembro de 1977. Dizia muitas vezes: Ser feliz é fazer os outros felizes. O tesouro que eu vos deixo é o bem que não fiz, que teria querido fazer e que vós fareis depois de mim.

No último domingo de Janeiro de cada ano celebra-se o Dia Mundial das pessoas atingidas pela hanseníase, instituído pela ONU em 1954, a pedido de Raoul Follereau. É que a hanseníase, sendo hoje em dia uma doença curável, nem por isso deixou de ser alvo de preocupação já que há largos milhares de doentes que, por falta de recursos materiais e humanos, ainda não têm acesso a um tratamento adequado. A pobreza e miséria em que muitos vivem justificam os mais de 30.000 casos todos os anos no Brasil.

TEXTO MODIFICADO POR FAUSTINO PINTO
TEXTO ORIGINAL (http://caminhos-de-solidariedade.blogspot.com.br/…/raoul-fo…)

O QUE É A REDHANSEN.

A REDH é uma tecnologia social desenvolvida com o objetivo de fomentar o debate da hanseníase no mundo virtual e real buscando encontrar dentro do protagonismo de cada individuo propostas a serem desenvolvidas em comunidades com o publico jovem adolescente e através de informações compartilhadas melhor informar sobre a doença e minimizar os danos causados na vida das pessoas devido a informações errôneas compartilhadas nas rodas de conversas e na rede mundial.
Foi criada em outubro de 2014 com o objetivo de ser um espaço/ferramenta e canal de consolidação e participação do cidadão quanto aos seus problemas pessoais e aos encontrados nos serviços públicos e privados de saúde. Essa inciativa nasceu depois de 15 anos de atividades no MORHAN – (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase) pela garantia dos direitos das pessoas atingidas pela Hanseníase em Juazeiro do Norte e cidades vizinhas.

A Hanseníase é uma patologia negligenciada e exacerbada pela pobreza, condições precárias de saúde, social, falta de informações e de uma política pública de saúde eficiente. A REDH pretende com o projeto Hanseníase é Cultural, ampliar o número de beneficiários sendo atendidos pela tecnologia que desenvolve um trabalho de escuta, orientação e encaminhamento dos problemas de saúde e social nos bairros carentes da Região do Cariri e levando as demandas para os espaços de diálogo e de decisão política em saúde, como os centros de atendimentos, conselhos e aos órgãos competentes do governo municipal.

(Texto enviado por Faustino Pinto).

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